ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, SEGUNDA  23    CAMPO GRANDE 26º

Cidades

Com auxílio de cadela de MS, bombeiros buscam por família soterrada no RS

Buscas estão ocorrendo no munícipio de Roca Sales, região que foi afetada por enchente e deslizamento

Por Clara Farias | 17/05/2024 13:55
Cachorra Laika em área de deslizamento em Roca Sales (Foto: Divulgação)
Cachorra Laika em área de deslizamento em Roca Sales (Foto: Divulgação)

Equipe dos Bombeiros de Mato Grosso do Sul, com o auxílio de cão farejador especializado "Laika", buscam por família soterrada em Roca Sales, no Rio Grande do Sul. O local, é considerado área rural, e foi afetado por enchente e deslizamento. As estradas e pontes da região foram destruídas e a equipe vem enfrentando dificuldades no acesso à região.

O sargento Thiago Kalunga compõe o binômio com a Laika, e possui mais dois militares em sua equipe, os soldados Jéssica Lopes e Humberto Nunes. A área é considerada perigosa pelos militares por existirem muitas pedras soltas. Outra situação monitorada é a chuva. "Se por ventura chove, assim como foram os últimos dois dias agora, não é seguro atuar, então a gente tem que ficar muito atento em relação à segurança", comentou o sargento.

Ele comenta que a base dos militares estava localizada a 30 quilômetros da região de busca, mas devido aos estragos causados pela enchente, os militares levavam 2h30 para chegar ao local. Agora, Thiago, Jéssica, Humberto e Laika se juntarão a outras equipe de bombeiros, dos estados de Mato Grosso e Rio Grande do Sul, e farão a travessia por barco.

Região onde está ocorrendo as buscas (Foto: Divulgação)
Região onde está ocorrendo as buscas (Foto: Divulgação)
Da esquerda para direita, soldado Humberto Nunes, Jessica Lopes, sargento Thiago Kalunga e cachorra Laika (Foto: Divulgação)
Da esquerda para direita, soldado Humberto Nunes, Jessica Lopes, sargento Thiago Kalunga e cachorra Laika (Foto: Divulgação)

A soldado Jéssica Lopes explica que ela e Humberto realizam o mapeamento da região, e analisaram os possíveis riscos. "Ao mesmo tempo, o outro foi abrindo os cones de odor com grande espaço lá. Os cones de odor liberam os odores pra Laika poder fazer o trabalho", explicou.

Nestes cones de odor, o cão detecta as partículas liberadas pelo corpo humano no ar. Segundo o Manual Técnico de Resgates com Cães, ao detectar o cheiro no ar e entrar no cone, o cão buscará a fonte. Nesta situação, o cachorro localizará qualquer humano que esteja dentro da área de busca, indicando a vítima, sem necessidade de uma peça de roupa, por exemplo.

"É uma busca bem desafiadora, porque é um local instável, corre ainda o risco de ter mais deslizamentos. É uma extensão de um quilômetro, uma grande área, e seis pessoas de uma mesma família foram soterradas nessa região. Na região, eles tinham uma criação de cerca de 500 porcos, que também foi soterrado junto, então é uma situação bem desafiadora, bem complexa", finalizou a soldado Jéssica Lopes.

Conforme o último boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 461 municípios foram afetados pelas chuvas, 540.192 mil pessoas estão desalojadas, e 154 pessoas morreram na tragédia climática. Outras 98 pessoas estão desaparecidas.

Ajude - Iniciativa conjunta entre veículos de comunicação de Mato Grosso Sul também foi tomada para auxiliar as vítimas e ajudar a reconstruir o que as águas levaram. Para quem deseja contribuir, independentemente de sua localização, a plataforma Donativa, atua em parceria com Campo Grande News, Band e SBT MS. Você pode ajudar clicando aqui.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias