Com óbitos acumulados, MS regista 60 mortes e supera recordes da pandemia
Após dados desatualizados ontem, hoje Estado registra maior número diário de mortes e atinge 616 óbitos no mês

Os óbitos não registrados ontem, por mudança no sistema do Ministério da Saúde, aparecem nesta quinta-feira nas estatísticas estaduais de forma assustadora. São 60 mortes em um dia, 23 só em Campo Grande. Somadas com as 20 de quarta, a média dos dois últimos dias é de 40 falecimentos a cada 24 horas em Mato Grosso do Sul.
Em Paraíso das Águas, uma mulher de apenas 29 anos, sem nenhuma comorbidade relatada, faleceu um dia após ser internada. O mesmo ocorreu com mulheres de 42 e 50 anos e homens de 44 e 49 anos, que fora da faixa etária de maior risco, faleceram sem nenhum agravante relatado.
Com os dados de hoje, o Estado ultrapassa o pior mês da pandemia até agora. Março já atingiu 616 óbitos e ainda falta quase uma semana para terminar o mês. Antes, dezembro era recordista com 587. No total, são 3.975, mais do que a população inteira de uma cidade como Jateí.
O recorde chega também em contaminações: 1.256 desde ontem.
Veja a evolução de mortes nos últimos 5 meses:
Uma diferença positiva é em relação às UTIs. A fila de espera caiu um pouco, mas as unidades seguem superlotadas. Ontem, a Macrorregião de Campo Grande operação com 110% de capacidade, ou seja, 10% a mais que o ideal.
Dourados está em situação um pouco mais tranquila após a ativação de leitos nesta semana, baixou para 86% de ocupação. Mas Três Lagoas e Corumbá continuam no limite, com 98% e 100% respectivamente.
Mas essa "trégua" pode ser momentânea. Voltou a subir o número de internados, com 1.118 hospitalizados, 469 em Unidades de Terapia Intensiva.