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Cidades

Condenado a 9 anos e 10 meses de prisão, Bumlai cumprirá pena em casa

Aos 74 anos, o pecuarista sul-mato-grossense mora em São Paulo (SP), onde trata um câncer na bexiga

Anahi Zurutuza | 30/05/2019 11:02
José Carlos Bumlai durante audiência da CPI do BNDES; acusação, neste caso, é de que ele foi 'usado' para fazer empréstimo que quitou dívida do PT com empresários de MS (Foto: Agência Brasil)
José Carlos Bumlai durante audiência da CPI do BNDES; acusação, neste caso, é de que ele foi 'usado' para fazer empréstimo que quitou dívida do PT com empresários de MS (Foto: Agência Brasil)

Condenado a 9 anos e 10 meses de prisão em ação resultado da Operação Lava Jato, o pecuarista José Carlos Bumlai ainda nem foi intimado da decisão do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), mas cumprirá a pena em prisão domiciliar, segundo a advogada Daniella Meggiolaro, de São Paulo.

Aos 74 anos, Bumlai vive em apartamento na capital paulista, onde trata um câncer na bexiga. O produtor rural também é cardiopata. 

No dia 16 de maio, desembargadores determinaram o início da execução da pena de Bumlai e também do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

Embora não tenha sido notificado oficialmente da decisão, segundo a advogada, já há recurso em tramitação no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Quando for intimado e até o julgamento no tribunal superior, Bumlai passará a cumprir a medidas “nos exatos termos” determinados pelo TRF4, declarou a defensora.

O pecuarista foi sentenciado pelos crimes pelos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção porque, conforme a acusação, em 2004, Bumlai teria intermediado um empréstimo de R$ 12 milhões junto ao banco Schain em nome do PT.

Conforme o jornal O Globo, em troca a empresa Schain Engenharia teria sido contratada em 2009 pela Petrobras para operar um navio-sonda, num negócio que movimentou US$ 1,5 bilhão.

De acordo com a investigação, o PT usou R$ 6 milhões para quitar dívidas do partido em Campinas e repassou a outra metade para o empresário Ronan Maria Pinto.

O caso foi julgado na primeira instância pelo juiz Sergio Moro em 15 de setembro de 2016. Até então, Bumlai estava em liberdade e pedia que o caso fosse enviado para a Justiça Eleitoral, o que foi negado.

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