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Cidades

De dentista a servidor público, ação contra pedofilia prendeu quatro em MS

Prisões ocorreram em Campo Grande, Bonito e Dourados

Kerolyn Araújo e Clayton Neves | 18/02/2020 11:17
Delegada Marília de Brito, titular da DEPCA (Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente). (Foto: Henrique Kawaminami)
Delegada Marília de Brito, titular da DEPCA (Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente). (Foto: Henrique Kawaminami)

A 6ª fase da Operação Luz da Infância, deflagrada nesta terça-feira (18) em todo país, prendeu quatro homens em Mato Grosso do Sul. Somente com um dos alvos a polícia encontrou 2.300 arquivos envolvendo pornografia infantil.

Na Capital, a polícia prendeu um bombeiro aposentado de 53 anos no bairro Caiçara e um dentista, de 41 anos, na Vila Sobrinho. Em Bonito foi preso um servidor municipal de 60 anos e em Dourados um funcionário público estadual de 58 anos. Em Três Lagoas o alvo ainda não foi localizado.

Para chegar aos suspeitos, equipes da Polícia Civil contaram com apoio de técnicos de informática, responsáveis por fazerem uma ''varredura'' técnica para localizar os materiais compartilhados na Deep web. Durante a operação foram apreendidos computadores, celulares e outros aparelhos eletrônicos.

Bombeiro foi preso no bairro Caiçara. (Foto: Henrique Kawaminami)
Bombeiro foi preso no bairro Caiçara. (Foto: Henrique Kawaminami)
Dentista preso na Vila Sobrinho. (Foto: Henrique Kawaminami)
Dentista preso na Vila Sobrinho. (Foto: Henrique Kawaminami)

Segundo informações da delegacia Marília de Brito, titular da DEPCA (Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente), somente com o militar do Corpo de Bombeiros foram encontrados mais de 2.300 arquivos envolvendo pornografia infantil. A quantidade de material encontrado com os outros presos ainda não foi somado.

Em depoimento, o dentista assumiu que compartilhava e armazenava os materiais há cinco anos.

Os presos responderão pelos artigos 241A e B do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), por armazenar ou compartilhar arquivos que contenham cena de sexo explícito ou pornografia envolvendo criança ou adolescente.

Nenhum dos presos tem passagem pela polícia. Eles passarão por audiência de custódia.

Sobre a prisão do militar da reserva, o Corpo de Bombeiros emitiu nota, garantindo que "os procedimentos relacionados com a Corporação serão instaurados imediatamente após comunicação oficial. Ressaltamos, ainda, que o Corpo de Bombeiros Militar repudia veementemente todo tipo de crime contra crianças e adolescentes e qualquer outro ato que agrida a ética, o pundonor e o decoro da Classe."

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