Demanda de hospitais atrasa remessa de testes rápidos à rede privada em MS
Farmácias aguardam para quinta e, laboratórios, para segunda quinzena do mês, prazo que pode ser novamente prorrogado
A grande demanda de hospitais e unidades de saúde públicas no País deve atrasar ainda mais a remessa de testes rápidos para o novo coronavírus (Covid-19)à rede privada em Campo Grande. A previsão inicial que era de 2 de abril e, agora, foi para segunda quinzena do mês para os laboratórios clínicos na cidade.
Na Farmácia Naturale, na rua José Antônio, agora, a previsão é para esta quinta-feira (9), mas o dono do estabelecimento não teve mais contato com o fornecedor desde a semana passada e, por isso, não aposta na confirmação deste cronograma.
Segundo representante da empresa, não há intenção de cobrar o prazo da empresa fornecedora por conta da demanda criada para atender as instituições públicas, que precisam fazer a testagem do corpo clínico dos hospitais, equipe que está na “linha de frente” no combate ao novo coronavírus. Na Naturale, serão 1,8 mil doses vendidas a R$ 130.
A aplicação do teste na Naturale deverá ser feita na farmácia, em sala higienizada e funcionário com EPI (Equipamento de Proteção Individual). A farmácia chegou a iniciar lista de espera, mas parou depois que não tinha mais previsão de quando o exame poderia ser dado. Quando as doses chegarem, os clientes serão agendados com intervalo de tempo suficiente para higienização da sala.
Na Attivi Pharma, no bairro Chácara Cachoeira, a remessa também está sendo aguardada para quinta-feira (9), conforme prazo dado pelo laboratório. A exemplo da outra farmácia, a aplicação será no local, seguindo regras sanitárias e por agendamento, intercalando clientes de hora em hora. O valor previsto é de R$ 200 e já há uma lista de 50 pessoas à espera do teste.
Segundo o CRF-MS (Conselho Regional de Farmácia), também está sendo aguardada regulamentação e normas técnicas para os teste rápidos, que deve vir das vigilâncias nacional, estadual e municipal.
No total, a Anvisa aprovou 17 testes rápidos para diagnóstico do novo coronavírus. A última certificação foi publicada no Diário Oficial da União do dia 26 de março. Entre as modalidades aprovadas estão a contagem de anticorpos e a por secreção molecular (garganta, boca ou nariz).
Antes da compra pelas farmácias e laboratórios, caso a fornecedora não tenha certificação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), é preciso fazer o teste de qualidade para atestar a qualidade do exame. Regularmente, este material é enviado à Bio-Manguinhos Fiocruz (unidade produtora de imunbiológicos da Fiocruz) para verificar a qualidade do teste rápido. Como a demanda está grande, a maioria dos lotes ofertados pelas empresas já passaram pela certificação da Anvisa.