Em 2019, mais de 25% dos presos ainda esperavam julgamento em MS
Dados do Depen mostram perfil dos presos de janeiro a junho de 2019, com queda de 7% na massa carcerária em relação a 2018
O número de presos em Mato Grosso do Sul caiu 7% no primeiro semestre de 2019 se comparado a igual período do ano anterior. Do total de 17.384 detidos, 4.493 eram provisórios, os que são mantidos em detenção até o julgamento.
Os dados fazem parte do levantamento divulgado hoje pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional). No âmbito nacional, eram 758.676 detidos, aumento de 3,89% em relação ao apurado em igual período de 2018.
Em MS, de janeiro a junho de 2018, o levantamento contabilizou 18.731 presos, o que representa queda a igual período de 2019.
No primeiro semestre do ano passado, dos 17.384 presos, 16.791 estão nos presídios do Estado, sendo 9.807 no regime fechado, 1.243 no semiaberto, 1.137 no aberto e 4.493 provisórios. Outros 61 foram enquadrados em tratamento ambulatorial e 50 em medidas de segurança.
Da massa carcerária em MS, 92,63% é formada por homens, 16.840 presos, enquanto que 1002 mulheres estavam presas.
Somente nos presídios de Campo Grande, foram contabilizados 5.958 presos, divididos em regime fechado (4.028), provisórios (1.196) e 517 no sistema aberto.
Nacional – os presos provisórios constituem o segundo maior contingente, com 253.963, representando 33,47% do total. Os presos no semiaberto, 16,63%, somam 126.146, e os no regime aberto são 27.069, representando 3,57% do total. Já os que estão em medida de segurança ou em tratamento ambulatorial somam 3.127 pessoas.
Os números mostram ainda que faltam 312.125 vagas nas unidades carcerárias do país e que as vagas disponíveis são 461.026.
A quase totalidade dos presos é do sexo masculino, representando mais de 90%. As mulheres representam pouco mais de 8%.
Os dados mostram ainda que houve um aumento no número de mulheres encarceradas, na comparação com 2018. Em 2019, foram 37,8 mil presas, contra 36,4 mil em 2018. O resultado rompe a tendência de queda no encarceramento feminino, que vinha sendo registrada desde 2016.
A maioria dos presos, 39,42%, responde por crimes relacionados às drogas, como o tráfico. Em seguida vem os presos por crimes contra o patrimônio, que respondem por 36,74% do total de crimes. Os crimes contra a pessoa somam 11,38% e os crimes contra a dignidade sexual representam 4,3%. (Com informações de Luciano Nascimento, da Agência Brasil).