Em contrapartida a decreto, Estado apresenta dia 31 medidas de apoio ao varejo
Nesta manhã. mais de mil carros fizeram carreata em protesto contra medidas restrititvas
Um dia após decreto estadual que restringe o funcionamento do comércio em todo Mato Grosso do Sul, o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Sérgio Murilo, anunciou que o Estado já estuda medidas para compensar as perdas do varejo.
Segundo ele, nesta quinta-feira (25), logo cedo houve reunião com o presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Adelaido Luiz Spinosa Vila, para ouvir as reivindicações e elaborar uma proposta de compensação.
O secretário garante que na quarta-feira (31) já terá uma proposta fechada, com sugestões de diferentes setores do governo, para "recomposições das perdas. Vamos levar os pedidos e colocar em cada secretaria correspondente. O que pudermos atender nós vamos atender”.
Na tentativa de acalmar os empresários, o secretário lembrou que a discussão sobre as restrições foi longa e ampla. “Foi um decreto muito bem equilibrado, entre o desejo da saúde e da população”, garantiu.
Otimista, Sérgio Murilo avaliou que Estado e varejo estão no caminho para um acordo que reduza o prejuízo aos empresários e não comprometa o combate à doença.
“Hoje pela manhã recebemos o pessoal do varejo e já começamos a discutir uma pauta positiva para poder minimizar os efeitos da crise que vem junto com as restrições impostas para conter a pandemia. A gente sabe que essa doença colocou todo mundo de joelhos”, comentou.
Mais cedo, cerca de mil veículos seguiram do estacionamento do Parque das Nações indígenas em carreata contra as medidas de restrição. Uma das reivindicações é redução do ICMS, imposto recolhido pelo Estado.
Os manifestantes também foram até a prefeitura, onde conversaram com o prefeito Marquinhos Trad. O decreto municipal, com restrições a eventos e atendimento presencial acaba no próximo domingo, mas amanhã já começa a valer o decreto estadual, que prorroga as mesmas regras.
O prefeito lembrou que prorrogou o pagamento de ISS por dois meses, como forma de compensar as perdas.
Em nota, a Associação Comercial reconheceu que o momento é de prioridade à vida, mas defendeu que "a sobrevivência das empresas também não pode ser esquecida pelo Estado. É o setor privado quem vai garantir o sustento das famílias que não contam com nenhum tipo de auxílio do governo e, ainda, que vai propiciar o retorno de muitos profissionais ao mercado de trabalho, bem como, manterá funcionando a máquina pública"