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Cidades

Em onda de calor, cano quebrado que jorra água vira "ducha" disputada

Por conta do calor, até horário de funcionamento do chafariz da Praça Ary Coelho teve que ser alterado

Por Alison Silva e Ana Beatriz | 25/09/2023 16:28
Morador de rua se refrescando em um cano quebrado na região central de Campo Grande (Foto: Alex Machado)
Morador de rua se refrescando em um cano quebrado na região central de Campo Grande (Foto: Alex Machado)

Com a temperatura passando de 40°C em alguns momentos do dia, moradores de rua encontram alternativas para se refrescar nas águas que jorram há dias de um cano quebrado entre a Avenida Noroeste e a Rua Barão do Rio Branco, região central de Campo Grande. Além de banho improvisado, o local serve também para lavar roupas.

Ao Campo Grande News, os moradores de rua disseram que o calor é tanto que faz com que entrem debaixo d'água com "roupa e tudo" e busquem uma sombra a todo momento.

Morador de rua se refrescando enquanto cano jorra água (Foto: Alex Machado)
Morador de rua se refrescando enquanto cano jorra água (Foto: Alex Machado)

Os moradores dizem que sem o cano quebrado não teriam água limpa para beber e a saída seria pedir a alguns comerciantes do entorno. Segundo eles, a Prefeitura Municipal não oferece qualquer tipo de auxílio, e que toda a ajuda que recebem se resume a algumas marmitas e sucos oferecidos nos fins de semana por entidades sem fins lucrativos, geralmente igrejas.

Chafariz na Praça Ary Coelho desligado pela administração (Foto: Alex Machado)
Chafariz na Praça Ary Coelho desligado pela administração (Foto: Alex Machado)

As altas temperaturas também tiveram impacto no horário de funcionamento do chafariz da Praça Ary Coelho. Com tanto calor, o risco é de superaquecimento do motor do chafariz, o que faz com que o equipamento seja ligado somente em determinados horários. Das 10h e até 14h e das 16h e até 21h, quando fecha a praça.

Trabalhadores e comerciantes alegaram que a instalação de algumas torneiras reduziram o número de “banhos” no chafariz, e que neste momento, o máximo que acontece são alguns “mergulhos”.

“Uma vez ou outra alguém tenta entrar (no chafariz) e o máximo que fazem é dar um mergulho e sair. Não vão mais por conta da instalação de torneiras atrás da base da Guarda Municipal”, disse uma pessoa que prefere não ser identificada.

Em nota, a SAS (Secretaria de Assistência Social) destacou que as equipes do Seas (Serviço Especializado em Abordagem Social) realiza atendimento à população de rua nas sete regiões da Capital, por meio de busca ativa e denúncias.

Segundo a prefeitura, o trabalho é realizado pelas equipes que fazem abordagens sociais 24h por dia, nos sete dias da semana, incluindo feriados e finais de semana. A pasta destacou que as equipes retornam por diversas vezes durante a semana, aos locais onde houve recusa de acolhimento, sempre na tentativa de convencer a pessoa sobre a importância de ser acolhido em uma das unidades ou em alguma comunidade terapêutica.

“A Rede Municipal de Assistência Social dispõe do Centro de Referência Especializado para população em situação de rua, onde promove acesso a espaços de guarda de pertences, de higiene pessoal, de alimentação e provisão de documentação civil”, disse a prefeitura.

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