Fevereiro Laranja chama a atenção para o combate aos tipos de leucemias
Mobilização leva conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce, sinais e sintomas e tratamento
Em celebração ao Dia Mundial do Câncer, comemorado no dia 4 de fevereiro, o governo do Estado realiza a campanha “Fevereiro Laranja”. A mobilização serve para promover a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce, sinais e sintomas e tratamento à leucemia, além da sensibilização sobre a doação de medula óssea.
Por ser uma doença silenciosa, a população precisa estar alerta aos possíveis sintomas e tornar um hábito a procura por um médico para a realização de exames de rotina. A leucemia é um câncer que afeta a medula óssea – local onde são produzidas as células do sangue: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas – e provoca o desenvolvimento de células cancerígenas na medula impedindo a formação de células sadias.
Conforme dados estatísticos do Inca (Instituto Nacional de Câncer), para o ano de 2023 estima-se no Brasil 11.540 casos novos de leucemias por 100 mil habitantes. Em Mato Grosso do Sul são 150 novos casos de leucemia para cada 100 mil habitantes.
Segundo a médica hematologista do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Sandra Kiomido Maia, ainda não se sabe exatamente as causas das leucemias, porém cada vez mais algumas mutações genéticas estão envolvidas com o seu surgimento e gravidade.
“Os fatores de risco estão relacionados a algumas condições já implicadas com mutação genética, como a Síndrome de Down e Neurofibromatose (doença que provoca a formação de tumores no cérebro, na medula espinhal e nos nervos), além de exposição a agentes tóxicos como o benzeno, radioterapia e quimioterapia”.
De maneira mais simples, as leucemias são classificadas em agudas e crônicas. Na sua forma aguda a medula não consegue produzir células adultas e passa a produzir desordenadamente células imaturas (blastos), que não são funcionais. “Estas têm evolução mais rápida, necessidade de diagnóstico e tratamento imediato”, explica a hematologista.
Já no tipo crônico de leucemia a medula óssea produz células adultas funcionais, porém em número extremamente exagerado e evolução um pouco mais lenta. As leucemias também são relacionadas ao tipo de célula envolvida: Linfoides ou Mieloides.
Atenção - O paciente acometido pela leucemia crônica pode apresentar incômodo na região do baço, por estar um pouco aumentado, e fadiga. Na leucemia aguda pode ser percebido outros sinais e sintomas como febre, manchas pelo corpo e/ou hematomas, sangramentos anormais, gânglios aumentados, cansaço, palidez e anemia.
Em casos de leucemia linfoide crônica nem sempre há indicação de tratamento imediato, nas demais após diagnóstico, o tratamento é iniciado e estabelecido em protocolos definidos mundialmente podendo ser através de quimioterapia, medicação ou imunobiológicos. Para as leucemias de alto risco, que são mais agressivas, o paciente pode recorrer ao transplante de medula óssea.
Doe - Para se tornar um doador voluntário de medula óssea é necessário ter entre 18 a 35 anos e estar com boa saúde, entre outros critérios que podem ser conferidos aqui.
Será realizado o cadastro no Redome (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea) do Inca (Instituto Nacional do Câncer) e coletada amostra de sangue para exame de tipagem HLA.
Os dados genéticos do possível doador são cruzados com os dos pacientes que precisam da medula. Caso haja compatibilidade genética a doação poderá ser realizada. A doação de medula óssea pode ser feita de duas formas, punção ou aférese e a decisão sobre o método é exclusiva dos médicos.
É importante lembrar que, além do Hemosul Coordenador, o Hemosul possui unidades para coleta funcionando dentro do HRMS e da Santa Casa de Campo Grande.