Futuro de casas do Forte Coimbra será definido até dia 17 de abril
Moradores da cidade já fizeram abaixo assinado para evitar que demolição seja concretizada
O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) já recebeu o documento do Comando Militar do Oeste solicitando a demolição de algumas casas do Forte Coimbra, em Corumbá. O local é tombado como Patrimônio Histórico de Corumbá.
Conforme a assessoria de imprensa do Iphan o Exército protocolou o pedido no dia 3 de março e a divisão técnica do instituto tem 45 dias corridos para analisar e dar um parecer técnico para o caso. Isso significa que até o dia 17 de abril as dez casas continuam em pé.
Para solicitar uma demolição de uma construção protegida pelo Iphan é necessário apresentar uma série de documentações, como anteprojeto da obra, contendo, no mínimo, planta de situação, implantação, plantas de todos os pavimentos, planta de cobertura, corte transversal e longitudinal e fachadas, diferenciando partes a demolir, a manter e a construir, conforme normas da ABNT.
O Exército não divulgou o documento encaminhado ao Iphan e o instituto alegou que não poderia compartilhar o pedido do CMO e que somente o autor poderia dar publicidade ao pedido.
Vale destacar que o Forte Coimbra foi construído em formato irregular, por estar instalado estrategicamente em um barranco às margens do Rio Paraguai. No local há uma capela, uma casa de pólvora, um alojamento, pátios internos e a muralha com os baluartes. Também estão localizados alguns canhões da Marinha dentro da estrutura.
Desde 2019 o local é analisado para ser reconhecido como Patrimônio Mundial da Unesco. Moradores de Corumbá já fizeram abaixo assinado para evitar a demolição e o caso foi debatido na Assembleia Legislativa.