Governo vai comprar 1,5 milhão de máscaras por R$ 3,1 milhões após decreto
Depois do decreto que torna o uso do EPI obrigatório em todas as cidades de MS, intenção é distribuir para população vulnerável
O governo de Mato Grosso do Sul divulgou nesta sexta-feira (19) a compra de 1,5 milhão de máscaras de tecido para a proteção de pessoas em situação de vulnerabilidade social em todo o Estado. A aquisição vai custar R$ 3,1 milhões aos cofres estaduais, com o valor de R$ 2,10 a unidade.
A compra emergencial ocorre após decreto estadual que obriga o uso do EPI (Equipamento de Proteção Individual) em todas as cidades do Estado a partir de segunda-feira (22), em espaços onde haja convivência e movimentação de mais de pessoas. A Prefeitura de Campo Grande também regulamentou a obrigatoriedade em decreto municipal, mas a regra já vale a partir desta sexta-feira (19).
Segundo a publicação do governo, as máscaras têm dupla camada de tecidos helanca e meia malha. Todas terão os brasões do Governo do Estado e da SES (Secretaria Estadual de Saúde). Serão feitas 750 mil máscaras no tamanho M (16 cm de comprimento por 14 de largura e 6,5 de lateral) e 750 mil no tamanho G (21 cm de largura por 14,5 de largura e 8 de lateral).
Compra – O processo de aquisição está em tramitação e prevê a entrega das máscaras em lotes, o primeiro com 800 mil unidades, o segundo com 500 mil e outros 10 lotes com 20 mil unidades cada. A expectativa do SES é começar a distribuição nas próximas semanas.
O decreto obriga o uso das máscaras em qualquer espaço que reúna público e estabelece que os responsáveis por qualquer espaço, das lojas ao ônibus do transporte público, que permitirem a entrada e permanência de pessoas sem máscara estarão sujeitos a penalidades previstas no Código Sanitário do Estado.
O decreto foi publicado em meio à interiorização da covid-19 no Brasil, com destaque para Mato Grosso do Sul que duplicou o número de casos em 1 semana e já tem 40 mortes registradas. O Estado ainda é o menor em números da pandemia no país, mas a ascendência da curva preocupa e algumas regiões de saúde, como Corumbá, já sinalizam colapso dos leitos de internação.