Inspeção constata lotação superior a 500% no Instituto Penal
Uma cela projetada para 11 presos abrigava 58 internos
Uma fiscalização da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, na última semana, constatou "lotação mais que extrema" do IPCG (Instituto Penas de Campo Grande). Realizado pelo Nuspen (Núcleo do Sistema Penitenciário), durante a vistoria, foi constatado que algumas celas apresentavam índices superiores a 500% de ocupação.
Em um dos casos mais críticos, uma cela projetada para 11 presos abrigava 58 internos. Segundo a Defensoria, nessas condições, grande parte dos detentos é obrigada a dormir no chão, dividindo um único sanitário, comprometendo a dignidade, a saúde e as condições mínimas de sobrevivência.
De acordo com o defensor público Arthur Demleitner Cafure, é uma falha estrutural do sistema carcerário. "A superlotação é um reflexo das falhas estruturais do sistema carcerário, que afetam diretamente os direitos fundamentais dos presos. É impossível garantir a dignidade humana em um cenário como esse", disse.
Agora, um relatório detalhado será elaborado com base nas observações feitas durante a vistoria.
O Campo Grande News procurou a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e questionou sobre essa situação, mas até a publicação desta matéria não retornaram com um esclarecimento. O espaço está aberto.
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