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Cidades

Maior favela de MS tem 3.317 mil pessoas e sete igrejas para uma escola

Com 31 favelas em todo território, MS tem 16.678 mil residentes; eram apenas 8 comunidades do tipo há 10 anos

Por Jéssica Fernandes | 08/11/2024 11:28
Em MS, 16,678 mil pessoas vivem em favelas e pardos são a maioria. (Arte: Lennon Almeida)
Em MS, 16,678 mil pessoas vivem em favelas e pardos são a maioria. (Arte: Lennon Almeida)

Mato Grosso do Sul tem 16.678 pessoas vivendo em favelas. Os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta sexta-feira (8), apontam que o Estado tem o total de 31 favelas ou comunidades urbanas onde estão situados 6.347 domicílios. Esses números colocam MS na 26ª posição no ranking nacional, que tem o estado de São Paulo em primeiro, com 3.123 favelas.

RESUMO

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De acordo com dados do IBGE, Mato Grosso do Sul possui 31 favelas e comunidades, abrigando 16.678 mil pessoas em 6.347 mil domicílios. Esse número coloca o estado na 26ª posição no ranking nacional, com uma densidade demográfica de 4.9998,28 habitantes por km². A maioria da população em favelas no estado é parda (61.67%), seguida por preta (10.03%) e indígena (1.88%). Em relação à infraestrutura, 92.46% dos domicílios possuem coleta de lixo, 98.10% têm banheiro exclusivo e 78.59% recebem água da rede geral. No entanto, apenas 7.15% têm acesso à rede de esgoto e 2.02% não têm água canalizada.

A comunidade Homex em Campo Grande detém a maior população residente, com 3.317 pessoas. Em segundo vem a comunidade São Francisco, em Aquidauana, com 1.558 pessoas; e em terceiro está a "Favelinha" situada em Ponta Porã, com 1.538 habitantes.

No Censo de 2010, MS tinha oito favelas ou comunidades, nomeados na época pelo instituto como “aglomerados subnormais”. A população residente era 7.249 e 1.879 domicílios que ocupavam esses espaços.

Crianças caminham em rua da Comunidade Homex, em Campo Grande. (Foto: Arquivo/ Henrique Kawaminami)
Crianças caminham em rua da Comunidade Homex, em Campo Grande. (Foto: Arquivo/ Henrique Kawaminami)

Divulgado hoje, o estudo “Favelas e Comunidades Urbanas”, baseado no Censo 2022, traz mais indicativos, como a área e densidade demográfica. O primeiro é de 3,34 km e o segundo é 4.9998,28 habitantes por km² em favelas.

Seguindo critérios de cor e raça, a pesquisa revela que os pardos são a maioria a viverem em favelas ou comunidades, com 61,67. Pessoas pretas e indígenas representam, respectivamente, 10,03 e 1,88. Já a população branca e amarela equivale a 26,30 e 0,11.

Para fazer um comparativo da distribuição, o Estado tem 46,93 pardos que não vivem nesses tipos de moradias, assim como 6,50 pretos, 42,38 brancos, 3,48 indígenas e 0,71 amarelos.

Em MS, apenas 78 domícilios situados em favelas recebem abastecimento de água. (Foto: Arquivo/ Henrique Kawaminami)
Em MS, apenas 78 domícilios situados em favelas recebem abastecimento de água. (Foto: Arquivo/ Henrique Kawaminami)

Nas favelas de Mato Grosso do Sul são encontrados 101 homens para cada 100 mulheres, sendo que a idade média desses moradores é de 25 anos. Também são achadas 21,8 pessoas com mais de 60 anos para cada 100 com até 14 anos.

Alfabetização - Nesses locais, a porcentagem de alfabetizados é de 92,06%, que equivale a 10.222. Pessoas entre 25 a 34 anos representam a maioria com estudo, são 2.743, sendo 677 brancos, 307 pretos, 1702 pardos, 54 indígenas e 3 amarelos. Por sexo, os homens estão entre a maioria alfabetizada com 5.154. Por outro lado, apenas 1.185 mil mulheres são alfabetizadas.

Ao todo, 879 pessoas em favelas não são alfabetizadas. Os pardos, mais uma vez, saem a frente nessa estatística com 541. Em segundo, brancos com 173, pretos com 143 e os indígenas com 20. Por faixa etária, pessoas com ou acima de 65 anos correspondem ao maior número de não alfabetizados, são 237.

O estudo também mostra a situação dos 6.347 mil domicílios. É mostrado que entre eles, 92,46 têm coleta de lixo, 98,10 contam com banheiro exclusivo e 78,59 recebem o abastecimento de água pela rede geral. Em contrapartida, apenas 7,15 têm conexão à rede de esgoto e 2,02 não têm água canalizada.

Tipos de estabelecimento - Na Homex, na Capital, entre os 117 estabelecimentos contados, apenas um é para fins educacionais e outros sete são instituições religiosas. Outras 56 não têm finalidade de uso especificada e 56 se encontram na mesma situação, porém em fase de construção. Em outras comunidades da cidade, como Samambaia, Roda Velha, Jardim Botânico e Uirapuru são encontradas pelo menos uma igreja e nenhuma escola.

Dados gerais - Ao todo, o País tem 12.348 favelas com população de 16.390.815. Nos dados gerais, os pardos seguem como maioria com 56,81, seguidos pelos brancos com 26,62. Pretos e indígenas correspondem a 16,13 e 0,33.

A idade média é de 30 anos, sendo que existem em média 45 pessoas com 60 anos ou mais para cada 100 pessoas com até 14 anos. Além disso, são 93 homens para cada 100 mulheres.

No censo de 2010, o País tinha 6.329 territórios do tipo e 11,4 milhões de pessoas viviam em favelas, ou seja, 6% da população do Brasil naquele ano. O Sudeste tem o maior número de comunidades, são 48,7% do total. O Centro-Oeste é a região com menor incidência, com 303 favelas ou comunidades populares, que representam 2,5%.

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