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Cidades

MS é o estado com a maior taxa de ocupação em leitos de UTI no País

Com taxa de ocupação de 106%, Campo Grande também lidera entre as 19 capitais com maior lotações de UTIs

Adriano Fernandes | 23/03/2021 21:27
Paciente sendo monitorado em leito de UTI de hospital da Capital. (Foto: Saul Shcramm)
Paciente sendo monitorado em leito de UTI de hospital da Capital. (Foto: Saul Shcramm)

Mato Grosso do Sul é o Estado com a mais alta de taxa de ocupação nos leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) destinadas a pacientes com covid-19 do País, conforme boletim extraordinário divulgado pela Fiocruz, nesta terça-feira (23). Com 106% de lotação o dado indica, segundo os pesquisadores, o uso de leitos não habilitados para Covid-19 no atendimento da demanda imposta ao sistema de saúde pela doença.

Com este mesmo índice, Campo Grande ficou entre as dezenove capitais com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos iguais ou superiores a 90%. Mato Grosso do Sul lidera o ranking de dezessete estados que apresentam taxas iguais ou superiores a 90% ao lado de Rondônia (100%) e o Mato Grosso (99%) entre os Estados com as piores taxas. Assim como nas regiões Sul e o Distrito Federal todos os estados da região Centro-Oeste, mantiveram-se com taxas superiores a 96%. Os dados foram obtidos ontem (22).

Nesta terça-feira (23), pela segunda vez desde o início da pandemia, Mato Grosso do Sul registrou mais de 40 mortes por covid-19. Foram 41 vítimas, 12 delas sem nenhuma comorbidade relatada.  O Estado já perdeu 3.895 vítimas para a doença e confirmou 204.096 casos de covid-19.

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 Colapso nacional -  Ainda segundo os dados do boletim, ocorreram, em média, 73 mil casos diários e 2 mil óbitos por dia na última semana epidemiológica analisada (período de 14 a 20 de março de 2021). O número de casos cresce a uma taxa de 0,3% ao dia e o número de óbitos por Covid-19 aumentou para 3,2% ao dia, um ritmo ainda maior do que o das semanas anteriores. Também foi observado um aumento desproporcional da mortalidade no país, passando de cerca de 2% no final de 2020 para 3,1% agora em março.

Os números elevados, de acordo com os pesquisadores do Observatório Covid-19 Fiocruz, retratam o colapso do sistema de saúde para o atendimento de pacientes que requerem cuidados complexos para a covid-19. Os cientistas indicam a adoção de medidas rígidas para o bloqueio da transmissão da doença em todos os estados, capitais e municípios que se encontram na zona de alerta crítico. As principais recomendações apontadas são a restrição das atividades não-essenciais por cerca de 14 dias, para redução de aproximadamente 40% da transmissão, e o uso obrigatório de máscaras por pelo menos 80% da população.

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