MS está livre do risco de falta de oxigênio, dizem empresa e hospitais
Situação de Manaus, no norte do país, é causada por problema geográfico, já que não existe acesso à cidade via terrestre
A crise no sistema de saúde do Amazonas, norte do Brasil, com falta de oxigênio para pacientes com covid-19 é desesperadora e já causou a morte de dezenas de pessoas que estavam internadas com a doença. A situação chama atenção e levanta a preocupação sobre faltar oxigênio em outros estados e aqui em Mato Grosso do Sul.
De acordo com a assessoria de imprensa da White Martins, uma das principais fornecedoras de gases no país, o problema não deve se repetir em nenhum lugar do Brasil. Em Manaus, diz a empresa, é por questão geográfica.
A cidade não tem acesso via terrestre, o que dificulta a chegada de novos cilindros de oxigênio, que precisam ser transportados de avião ou em balsas.
Sem divulgar quais hospitais são abastecidos pela empresa, a assessoria apenas garantiu que o abastecimento em todo Estado segue normal e não existem chances de faltar oxigênio para as unidades hospitalares que recebem o fornecimento pela White Martins.
No HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) existe uma dissipadora, que transforma o oxigênio líquido em gás, e assim leva o ar para os pacientes que necessitam. Por mês são consumidos 84.375 m³ de oxigênio no hospital, o pico de consumo registrado, até o momento, foi de 8 mil m³ por dia.
A média diária de consumo, antes da pandemia, era de apenas 1.200 m³, atualmente são consumidos mais que o dobro, chegando a média de 2.500 m³ por dia. Os gastos com oxigênio é de R$ 118.968,75 por mês, apenas no HRMS.
Com um tanque de oxigênio líquido abastecido pela White Martins, com capacidade para 19 mil m³, o HU (Hospital Universitário) também garante ter quantidade mais que suficiente de oxigênio para os pacientes. Nesta sexta-feira (15) o tanque está com apenas metade da capacidade, mas é o suficiente para atender os 10 leitos de covid existentes no hospital.
Além do tanque, o HU também possui 32 cilindros de oxigênio, com 10 m³ cada um, de reserva, caso seja necessária a utilização. Conforme informações do Setor de Infraestrutura Física do HU, o consumo médio diário de oxigênio líquido do hospital, nos últimos 30 dias, é de 550 m³, ou seja, aproximadamente 16.500 m³ por mês.
A Santa Casa de Campo Grande garantiu, por meio da assessoria de imprensa, que também não existe possibilidade de desabastecimento de oxigênio e informou que possui um reservatório grande. Até o momento do fechamento desta reportagem não informou o consumo médio, mas confirmou que houve aumento no volume consumido.