MS tem três casos de hepatite infantil desconhecida
Informações do Comunicado de Risco emitido pelo Cievs/MS revela que os casos ocorrem entre zero e 16 anos
Com três casos confirmados em Mato Grosso do Sul, o Estado é um dos nove no Brasil que está sendo monitorado pelo Ministério da Saúde pela ocorrência de hepatite aguda infantil de origem desconhecida. Em todo país são 44 casos, sendo 14 em São Paulo.
Informações do Comunicado de Risco emitido pelo Cievs/MS (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde) no último dia 12 de maio revela que os casos ocorrem em pessoas abaixo de 17 anos e alerta foi emitido às secretarias municipais para identificar, investigar e comunicar de forma imediata potenciais casos.
No último dia 10, a pasta participou de reunião com um grupo de especialista junto à OMS (Organização Mundial da Saúde) e representantes de oito países (Reino Unido, Espanha, Estados Unidos, Canadá, França, Portugal, Colômbia e Argentina) nas áreas técnicas de emergências em saúde pública, infectologia, pediatria e epidemiologia, para discutir evidências disponíveis até o momento.
Um dia antes, a pasta publicou uma nota técnica com orientação para secretarias estaduais e municipais de saúde sobre a notificação, a investigação e o fluxo laboratorial de casos prováveis de hepatite aguda de etiologia desconhecida em crianças e adolescentes. Como as evidências sobre a doença ainda são muito dinâmicas, a sala de situação deve atualizar periodicamente as orientações.
O que se sabe - a hepatite de origem desconhecida já acometeu crianças em, pelo menos, 20 países. A doença se manifesta de forma muito severa e não tem relação direta com os vírus conhecidos da enfermidade. Em cerca de 10% dos casos, foi necessário realizar transplante de fígado.
Segundo a OMS, mais de 200 casos, até o último dia 29 de abril, haviam sido reportados no mundo, a maioria (163) no Reino Unido. A doença atinge principalmente crianças com um mês de vida aos 16 anos. Até o momento, foi relatada a morte de um paciente.
Em comunicado divulgado no dia 23 de abril, a OMS disse que não há relação entre a doença e as vacinas utilizadas contra a covid-19. “As hipóteses relacionadas aos efeitos colaterais das vacinas contra a covid-19 não têm sustentação pois a grande maioria das crianças afetadas não recebeu a vacinação contra a covid-19”.
Sintomas - de acordo com a Opas, braço da OMS nas Américas e no Caribe, os pacientes com hepatite aguda apresentaram sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia, vômitos e icterícia (quando a pele e a parte branca dos olhos ficam amareladas). Não houve registro de febre.
O tratamento atual busca aliviar os sintomas e estabilizar o paciente se o caso for grave. As recomendações de tratamento devem ser aprimoradas assim que a origem da infecção for determinada.
Os pais devem ficar atentos a sintomas como diarreia ou vômito e a sinais de icterícia. Nesses casos, deve-se procurar atendimento médico imediatamente.