Mulher registra desaparecimento do ex após carro ser encontrado incendiado
Honda Civic foi encontrado em chamas em estrada vicinal na periferia de Pedro Juan Caballero, no Paraguai
Mulher de 33 anos, que prefere não se identificar, procurou a Polícia Civil para registrar o desaparecimento do ex-marido, Rodrigo Emiliano de Oliveira, 39, após o carro usado por ele ser encontrado em chamas no sábado (1°), em estrada vicinal na periferia de Pedro Juan Caballero, cidade idade separada por uma rua de Ponta Porã (MS), a 313 km de Campo Grande.
Ao Campo Grande News a mulher contou que veio de Caratinga (MG) para registrar o boletim do desaparecimento na segunda-feira (3) após ver a reportagem do carro incendiado. Segundo ela, o último contato que Rodrigo fez com a família foi na sexta-feira (30) por volta das 16h30.
“A família dele é muito humilde e estão desesperados. Não conhecem ninguém que possa ajudar. Ele falou com a mãe dele na tarde da sexta-feira pela última vez. Vim aqui registrar o desaparecimento porque tinha mais condições e entendimento para ajudá-los”, declarou a mulher.
Na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, onde o desaparecimento foi registrado, a mulher disse que Rodrigo estava na companhia de um amigo quando desapareceu e que o homem teria vindo para Campo Grande a trabalho, pois vende ração.
O carro usado por Rodrigo, um Honda Civic, com placas de Belo Horizonte (MG), foi encontrado em chamas por moradores de que passavam pela estrada na periferia de Pedro Juan Caballero e acionaram a Polícia Nacional. O veículo ficou completamente destruído pelo fogo.
Antecedentes - Conforme apurado pela reportagem, Rodrigo tem passagens por furto e roubo qualificados. Inclusive em um dos casos, em setembro de 2014, ele subtraiu R$ 284,5 mil de uma mulher com quem mantinha relacionamento amoroso. O caso aconteceu no Jardim TV Morena, em Campo Grande.
Em 2012, ele foi preso acusado de ser o mandante do sequestro de um dono de açougue, também na Capital. Conhecido como “Mineiro”, Rodrigo estava em liberdade condicional, por condenação de Minas Gerais e era apontado como líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) fora dos presídios.
Na ocasião, ele era acusado pela prática, em tese, dos crimes de roubo. A prisão preventiva caracterizada como 'periculum libertatis' foi decretada sob o argumento de garantia da manutenção da ordem pública, diante da gravidade concreta do delito, contendo violência e grave ameaça, com o uso de arma de fogo.
Rodrigo também acabou sendo preso em fevereiro de 2019. Conforme o site Hoje em Dia, ele foi pego em um condomínio de luxo na região metropolitana de Belo Horizonte junto com outro homem identificado como Erick Luís Silva Corrêa. Na época, os dois estavam sendo investigados a dois meses e foram apontados como responsáveis pela rota de tráfico na divisa entre Pedro Juan Caballero (PY) e Ponta Porã (MS).