OMS declara fim da emergência de saúde pública global da Mpox
Alerta internacional para a doença durou dez meses e infectou 10.920 mil pessoas no Brasil
Indo na mesma direção que a covid-19, OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou nesta quinta-feira (11) que a Monkeypox, conhecida como varíola dos macacos, não é mais considerada uma emergência de saúde pública global. O alerta para o vírus foi feito em julho de 2022 e durou dez meses. O último boletim da SES (Secretaria Estadual de Saúde), divulgado em janeiro, apontava para 160 casos confirmados da doença em Mato Grosso do Sul.
De acordo com dados da OMS, 87 mil casos da varíola dos macacos foram confirmados no mundo, desde janeiro de 2022. No Brasil, foram 10.920 infectados e 16 óbitos registrados. A decisão de retirar a doença do alerta de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) foi devido à queda no número de casos registrados, assim como a covid-19.
Na coletiva de imprensa, o diretor-geral da Organização, Tedros Adharnon, comentou que apesar de não ser considerado mais emergência mundial, o vírus continua afetando grupos específicos, como pessoas com HIV/Aids que não fazem o tratamento adequado e comunidades de alguns países africanos. "A mpox continua a representar desafios significativos de saúde pública que precisam de uma resposta robusta, proativa e sustentável", comentou o diretor-geral.
Neste ano, três municípios de Mato Grosso do Sul foram contemplados com a vacinação para doença: Campo Grande, Dourados e Três Lagoas e em março estavam definindo o plano de vacinação. O público-alvo da vacinação são pessoas com HIV/Aids, homens cisgênero, travestis e mulheres transexuais, a partir de 18 anos e com contagem de linfócitos TCD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses; e profissionais de laboratório, entre 18 e 49 anos de idade, que trabalham diretamente com Orthopoxvírus.
Covid - No dia 5 de maio, durante a 15° Reunião do Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional, a OMS anunciou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional de Covid-19, após três anos de pandemia mundial da doença. Durante a reunião, o diretor-geral da entidade declarou que a doença é uma endemia e disse que o "vírus está aqui para ficar, ainda está matando e ainda está mudando", relatou o Tedros Adharnon.