Passaporte da vacina não será adotado pelo Governo de MS, anuncia Reinaldo
Governador declarou que defesa feita pelo secretário de Saúde, Geraldo Resende, foi "posição isolada"
Em entrevista nesta terça-feira (28), durante evento na obra do Aquário do Pantanal, em Campo Grande, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) anunciou que o Governo do Estado decidiu não levar à frente o projeto de lei que estabelecia em Mato Grosso do Sul, a exigência do passaporte da vacina, para acesso a locais públicos.
A decisão é do comitê do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia), que é formado pelas pastas de Saúde, Gestão Estratégica, Desenvolvimento Econômico, Segurança Pública, Administração e Fazenda, além de Procuradoria, Controladoria e Consultoria Legislativa.
"Ontem, teve a discussão e a decisão foi praticamente unânime de não encaminhar o projeto de lei", explica Reinaldo, ao ser questionado sobre a situação. "Foi uma posição isolada do secretário de Saúde [Geraldo Resende]", completa o governador.
O chefe do Executivo sul-mato-grossense ainda frisa que o Governo seguirá com ações de busca ativa dos não vacinados sequer com a primeira dose - que somam cerca de 130 mil, conforme levantamento do Campo Grande News a partir de dados do Painel Mais Saúde - e dos que precisam se vacinar com a segunda dose.
"Qualquer política que tenha decisão do Governo nas questões sanitárias passa pelo Prosseguir. Houve uma manifestação individual do Geraldo, mas não houve nenhuma decisão do Governo quanto a isso agora", finaliza Reinaldo em sua explicação da situação.
A temática "passaporte da vacina" tomou conta do noticiário de segunda-feira (27), após um pacote de medidas do Governo do Estado ser lançado em parceria com a Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), na tentativa de incentivar a imunização dos adultos e buscar os que ainda resistem às vacinas contra a covid.
À tarde, audiência pública na Câmara Municipal de Campo Grande com a presença até de "torcida" favorável e contra a vacina na plateia foi realizada, contudo, foi interrompida após confusão que teve como pivô discurso de Geraldo Resende, que chamou os contrários ao passaporte da vacina de "fascistas e nazistas" da atualidade.