PF caça traficantes de armas e drogas em MS e mais sete estados
PF cumpre 29 mandados, além de 49 ordens de sequestro de imóveis, carros e bloqueio de contas
A PF (Polícia Federal) cumpre 23 mandados de prisão e de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul e mais sete estados para prender integrantes de quadrilha de tráfico de drogas, armas e munições, que age na região de fronteira da Bolívia e abastece os mercados criminosos do Nordeste do País.
Segundo a polícia, 49 pessoas foram indiciadas ao longo da investigação, desencadeando a Operação Teseu hoje, comandada pela PF de Barra dos Garças (MT). Foram expedidos pela Justiça Federal 23 mandados judiciais, sendo 4 de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão, além de 49 ordens de sequestro de imóveis e veículos e bloqueio de ativos financeiros.
Os mandados estão sendo cumpridos por 110 policiais federais no Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Paraíba e Goiás. A assessoria da PF ainda não divulgou quantos estão sendo cumpridos aqui no Estado.
As investigações que resultaram na operação, tiveram início em agosto de 2020, quando a PF em Barra do Garças prendeu em flagrante um dos integrantes da organização criminosa que era responsável pelo transporte dos ilícitos em cargas de ração animal.
Após a prisão foi possível identificar esquema de transporte de drogas e munições, composta por vários membros, dentre eles familiares de presos e internos de estabelecimentos prisionais. A droga adquirida na Bolívia era transportada em caminhões, a partir de Mato Grosso para o Nordeste do País.
A PF identificou que somente dois operadores do esquema movimentaram milhões de reais em prazo menor que dois anos. Para isso, usaram empresa de fachada para camuflar a origem ilícita do dinheiro.
A operação foi denominada Teseu por conta do personagem da mitologia grega que, em uma longa viagem em seu navio realizou substituições contínuas de peças, dificultando a identificação. Essa foi analogia feita para o processo de lavagem de dinheiro, que se vale de uma sequência de operações financeiras para dissimular a origem ilícita de recursos.