PF mira em quadrilha que usa veículos para “lavar” lucros de toneladas de droga
Na fase de investigação, foram apreendidas 21 toneladas de maconha
Com dez ordens de prisão, a operação Fênix , deflagrada pela PF (Polícia Federal) nesta segunda-feira (dia 17), mira esquema que usava veículos para lavar dinheiro “sujo” obtido com o tráfico de 21 toneladas de maconha. A ação é realizada em Campo Grande e Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Na superintendência da PF na Capital, um homem chegou preso.
Segundo as investigações, o grupo criminoso transportava a droga de Pedro Juan Caballero (fronteira de MS e Paraguai) para Campo Grande, que servia com entreposto para que a maconha chegasse a outros Estados.
A lavagem dos valores obtidos ilicitamente com a venda do entorpecente acontecia por meio do comércio e financiamento de veículos, utilizando empresas localizadas em Campo Grande.
Na fase de investigação, foram apreendidas 21 toneladas de maconha em 12 flagrantes, além de 18 prisões de integrantes da organização criminosa. As abordagens ainda resultaram na apreensão de R$ 68.546.
A operação foi autorizada pela 5ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande. Ao todo, são 10 ordens de prisão preventiva e 30 mandados de busca e apreensão. A Justiça autorizou sequestro e indisponibilidade de bens e dinheiro.
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de entorpecentes e lavagem de dinheiro. A operação mobilizou 130 policiais federais.
O nome da ação faz referência ao significado de Fênix, ressurgimento das cinzas, pois boa parte da organização criminosa foi investigada e presa no ano de 2009, no curso da operação Litoral, quando foram apurados os mesmos crimes.