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Cidades

Quadrilha com braço em MS levava droga de helicóptero a SP e de caminhão a porto

Operação cumpriu 10 ordens judiciais em cidades de Mato Grosso do Sul

Dayene Paz | 11/05/2023 10:30
Operação apreendeu nove helicópteros utilizados no tráfico internacional. (Foto: Divulgação/PF)
Operação apreendeu nove helicópteros utilizados no tráfico internacional. (Foto: Divulgação/PF)

A organização criminosa investigada no âmbito da Operação Helix, que cumpriu 53 ordens judiciais em Mato Grosso do Sul e outros cinco estados brasileiros, enviava toneladas de cocaína para a Europa. De acordo com a investigação da Polícia Federal, além dos tradicionais caminhões, a logística incluía helicópteros.

Segundo o delegado da PF de Londrina (PR), responsável pela operação desta quinta-feira (11), Daniel Martarelli da Costa, os traficantes faziam o carregamento da droga em uma fazenda no Paraguai, região de fronteira com MS. "Depois, utilizavam o interior dos estados do Paraná e São Paulo para fazer o descarregamento", diz.

Na sequência, essa cocaína era enviada para SP e Europa. "Via Porto de Santos (São Paulo), Paranaguá (Paraná) e portos de Santa Catarina", pontua Martarelli.

Operação Helix - Em MS, a operação cumpriu 10 ordens judiciais – prisão e de busca e apreensão – em Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e São Gabriel do Oeste. Ao todo, a operação Helix cumpriu 43 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Minas Gerais.

Durante a investigação, foram apreendidas nove aeronaves e 2.750 quilos de cocaína, droga com um dos maiores valores no mercado do tráfico. Por suspeita de lavagem de dinheiro, a Justiça bloqueou bens que somam R$ 30 milhões: automóveis helicópteros e imóvel. Também houve bloqueio de dinheiro em contas de pessoas físicas e empresas.

O nome é alusivo ao modo de agir da organização criminosa, que utilizava helicópteros para a introdução da droga em território nacional. Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de entorpecentes, associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A operação também contou com cooperação jurídica e policial com o Paraguai, após a identificação de que os carregamentos da droga eram feitos em uma fazenda localizada naquele país. Inclusive, há a tentativa de cumprimento de um mandado de prisão contra um dos investigados que se encontra no Paraguai.

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