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Cidades

Sem oferecer "vaga zero", HU da Capital aumenta em 10% cirurgias realizadas

Há 1 ano, hospital fecha as portas quando atinge total da capacidade de atendimento, mesmo se o caso for grave

Por Cassia Modena | 28/01/2025 08:25
Sem oferecer "vaga zero", HU da Capital aumenta em 10% cirurgias realizadas
Porta do pronto atendimento médico do Humap, onde antes podiam entrar os pacientes "vaga zero" (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Mais pacientes foram operados no Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), o HU de Campo Grande, depois que a instituição saiu da lista das que oferecem "vaga zero" na Capital. O aumento de cirurgias foi de aproximadamente 10%, segundo dados preliminares.

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O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap) em Campo Grande aumentou em 10% o número de cirurgias realizadas após deixar de oferecer "vaga zero". A medida, que impede a entrada de pacientes em risco quando a capacidade está esgotada, foi implementada com apoio do Ministério Público Federal e do Ministério da Saúde. O hospital espera aumentar as cirurgias eletivas em até 50%, ajudando a reduzir filas na região. A mudança também melhorou a circulação nos corredores, antes superlotados, e agilizou o atendimento, beneficiando pacientes e profissionais.

A saída significa que o HU fecha as portas para pacientes que correm risco de morte ou estão em sofrimento intenso quando atinge 100% da capacidade de seu pronto-socorro. Antes, a entrada era forçada mesmo que não houvesse vaga e os atendimentos extras eram feitos precariamente nos corredores.

A decisão teve intervenção do Ministério Público Federal, aval do Ministério da Saúde e está prevista em convênio com a Secretaria Municipal de Saúde. Ela vai completar um ano em pouco mais de um mês.

Sem oferecer "vaga zero", HU da Capital aumenta em 10% cirurgias realizadas
Hospital atende somente pacientes da rede pública (Foto: Divulgação/Humap)

A expectativa é continuar ampliando o número de operações. "Até o momento, conseguimos aumentar em cerca de 10% o número de cirurgias eletivas realizadas em comparação ao período anterior ao fechamento. Porém, estamos em fase de ajustes e reorganização para ampliar ainda mais essa capacidade. Nosso objetivo é alcançar um aumento de até 50% no volume de cirurgias eletivas realizadas. Assim que tivermos dados mais consolidados, destacaremos o percentual exato desse avanço", detalhou o hospital.

Eletivas - As cirurgias eletivas realizadas a mais foram as não urgentes. A participação do HU ajuda na redução de filas intermináveis de pacientes à espera de operações que Campo Grande e municípios do interior de Mato Grosso do Sul têm, e que aumentaram durante a pandemia de covid-19.

O governo estadual tenta zerar a demanda por meio do mutirão "MS Saúde: Mais Saúde, Menos Fila". Enquanto isso, as longas esperas são alvo de ações judiciais que o Ministério Público Estadual move cobrando que prefeitura e governo montem um plano para realizá-las num prazo de 100 dias.

Sem oferecer "vaga zero", HU da Capital aumenta em 10% cirurgias realizadas
Residentes ouvem pacientes no corredor do pronto-socorro, no início do ano passado (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Corredores - Outro resultado do fim da "vaga zero", segundo a instituição, são corredores transitáveis. A superlotação levou o próprio hospital a pedir socorro à época em que ainda tinha que aceitar "vaga zero", alegando que a situação atrapalhava sua missão de ser hospital-escola ligado à UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), formar residentes e se concentrar em outros tipos de serviços de saúde.

"[Hoje], pacientes são atendidos com muito mais agilidade, resultando em tempos de internação reduzidos. Estamos comprometidos em manter essa estrutura que favorece tanto os pacientes quanto os profissionais, assegurando qualidade no atendimento e na gestão hospitalar", finaliza a nota do Humap.

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