PF descobre esquema que usa alunos de Medicina para traficar cocaína da Bolívia
PF deflagrou Operação Sinal Sujo, em que grupo usava equipamentos de laboratório para transporte da droga
Com mandados a serem cumpridos em Mato Grosso do Sul, a Polícia Federal de Goiás deflagrou a Operação Sinal Sujo, de combate ao tráfico internacional de drogas. O esquema contava com a participação de alunos brasileiros que estudam Medicina na Bolívia.
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A Polícia Federal de Goiás lançou a Operação Sinal Sujo para combater o tráfico internacional de drogas, envolvendo estudantes de Medicina na Bolívia. Mandados estão sendo cumpridos em Mato Grosso do Sul, Amazonas, Bahia, Rio de Janeiro e Rondônia. O esquema transportava cocaína da fronteira com a Bolívia para Goiás, usando osciloscópios para camuflagem. Cargas foram enviadas para Europa, com apreensões na Alemanha. Estudantes atuavam como ponte financeira e logística. A operação envolve 50 policiais e 10 mandados de busca.
Em MS, os mandados estão sendo cumpridos em Campo Grande e Corumbá. Nos outros estados, os endereços dos alvos estão localizados nas cidades de Manaus (AM), Itamaraju (BA), Volta Redonda (RJ), Rolim de Moura e Espigão d´Oeste (RO).
A investigação apura o envio de cocaína da fronteira do Brasil com a Bolívia para Goiás, de onde a droga era remetida, de forma camuflada. O grupo usava osciloscópios para este transporte, equipamento que mede sinais elétricos e eletrônico, regularmente usados em laboratórios de engenharia e eletrônica.
A PF identificou cinco cargas de drogas remetidas pelo grupo criminoso Portugal, Espanha e Inglaterra e, por meio de cooperação policial internacional com a Alemanha, foram apreendidas naquele país três cargas destas que estavam em trânsito para o destino final.
Segundo a investigação, os acadêmicos de Medicina entravam no esquema no pagamento de remessas de droga ao exterior, funcionando como uma ponte financeira e logística do esquema. Os alunos encaminhavam a droga para Goiás, por meio de transportadoras e ônibus.
O delegado da PF de Goiás, Bruno Gama, disse que a pessoa responsável pelo recebimento da droga enviada pelos acadêmicos foi identificada em Goiás. Ele também seria responsável pela remessa da droga para Europa, camuflada nos osciloscópios. O homem alega que não sabia que o equipamento estava com cocaína.
A ação conta com a participação de 50 policiais no cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão em cinco Estados.
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