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Cidades

Adolescente é apreendido por morte de economista de MS em São Paulo

Nyelder Rodrigues | 02/06/2013 16:12
Bala atravessou para-brisa do carro conduzido pela vítima (Foto: Jornal A Tribuna)
Bala atravessou para-brisa do carro conduzido pela vítima (Foto: Jornal A Tribuna)

Um adolescente foi apreendido como suspeito de ter atirado e matado em uma favela de São Vicente, litoral paulista, a campo-grandense Elza Gomes dos Santos, de 52 anos.

Segundo irmã de Elza, Evanir Gomes, as munições em posse do adolescente são semelhantes as que mataram economista. O corpo de Elza segue no IML de Santos, e o trabalho pericial segue sendo feito pela polícia local.

Evanir está em Campo Grande, mas acompanha o caso com informações repassadas pelo irmão Hélio Gomes, que foi até Santos junto a um primo, para fazer todos os procedimentos necessários para a liberação do corpo.

Porém, a liberação pode ser complicada para a família. Elza foi atendida por um hospital de São Vicente, e o caso registrado e investigado por uma delegacia da cidade. Entretanto, o corpo dela foi para o IML de Santos.

“Eles estão indo e vindo entre as duas cidades”, conta Evanir. Ela também afirma que ainda não há previsão de quando o corpo de Elza será liberado para ser transportado para Campo Grande.

Caso – Elza foi morta com um tiro na cabeça no começo da tarde de sexta-feira (31), provavelmente após se perder na rodovia Imigrantes e acabar entrando em uma favela. Ela estava em um carro Corsa, placas de Campo Grande.

O tiro foi disparado de fora do carro, e atravessou o para-brisa, acertando a economista, que trabalhou por 10 anos no Sebrae e atualmente é prestava consultoria para a instituição, além de atender micro e pequenas empresas no Estado.

A polícia suspeita que o autor do disparo tenha jogado a bicicleta em frente ao carro para fazer um assalto, e Elza, assustava, teria acelerado o carro, e o criminoso atirado. A bicicleta estava em baixo do carro, e nada foi levado.

Elza foi socorrida ainda viva pelo Corpo de Bombeiros, e levada para o Centro de Referência de Emergência e Internação de São Vicente, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. No carro dela, haviam, eletrodomésticos, câmera fotográfica e uma televisão, além de mapas e um GPS.

Mudança – Após sofrer 11 assaltos em Campo Grande, Elza resolveu sair da casa onde morava e foi para um apartamento. Mas ainda assim, ela se sentia insegura na cidade e resolveu que iria mudar.

Segundo a irmã Evanir, a economista ainda procurava um local em que encontrasse tranquilidade. “Ela queria paz como ser humano. Me disse que só faltavam matar ela depois de tantos assaltos”, conta Evanir, ao dizer que o destino da irmã poderia ser o Rio Grande do Norte.

Evanir não soube explicar como a irmã foi parar em São Vicente, e diz que ainda há informações desencontradas. “Um crime tão brutal e não terem roubado nada. Pode ter alguma situação que não conhecemos também”, questiona.

Falta de apoio – Além disso, a irmã da vítima reclama que apesar da brutalidade e repercussão do caso, nenhuma autoridade ou entidade sul-mato-grossense ofereceu apoio à família. “Ela é filha dessa terra e ajudou tanto o Estado como economista, mas até agora ninguém se pronunciou ou apareceu”, cobra.

A irmã de Elza argumenta que o crime deixou a população do litoral paulista estarrecida, e que lá a apuração do caso é fortemente cobrada. “Um amigo dela chegou a dizer que graças à Elza, hoje muitos tem emprego, já que ela contribuiu para o desenvolvimento de inúmeras empresas aqui. Fico muito triste em ver o desinteresse das autoridades”, lamenta.

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