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Capital

Haitiana vítima de violência doméstica terá aluguel pago por 6 meses

Defensoria interviu em caso de mulher que mora na Capital e o ex-marido também recebeu medidas protetivas

Por Lucas Mamédio | 18/11/2024 17:48
Fachada da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul em Campo Grande (Foto: Divulgação)
Fachada da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul em Campo Grande (Foto: Divulgação)

Uma mulher haitiana, que sofria violência doméstica do ex-companheiro, conseguiu por meio da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, medidas protetivas ampliadas além da garantia de aluguel pago por seis meses pela concessão do  auxílio aluguel, beneficio fo governo estadual. Ela vive no Brasil há sete anos e há seis meses reside em Campo Grande com seus dois filhos pequenos.

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Uma mulher haitiana vítima de violência doméstica em Mato Grosso do Sul recebeu amparo da Defensoria Pública. Além da ampliação das medidas protetivas contra seu ex-companheiro, a Defensoria conseguiu o auxílio-aluguel por seis meses, garantindo moradia e segurança para ela e seus dois filhos. A assistência foi crucial, pois a mulher estava em situação de vulnerabilidade econômica e social, sem apoio familiar no Brasil e com o benefício do Bolsa Família cancelado. O auxílio permitiu que ela se mudasse, focasse na educação dos filhos e procurasse emprego, representando um passo importante para reconstrução de sua vida.

A defensora pública Thais Dominato Silva Teixeira, que solicitou à Justiça a ampliação das medidas protetivas e o auxílio-aluguel, destacou os riscos à integridade física e psicológica da mulher, além de sua vulnerabilidade econômica e social. "Nos pedidos, mostramos a situação de risco iminente que ela vivia, com base em fatores como a violência sofrida e a falta de apoio familiar no Brasil", explicou Thais Dominato.

A mulher, que antes recebia o benefício do Bolsa Família, viu seu auxílio ser interrompido após interferência do ex-companheiro. Sem familiares no país e sem recursos financeiros, ela enfrentava dificuldades para manter seus filhos e garantir sua segurança e dignidade.

Com a intervenção da Defensoria, o juiz responsável pelo caso deferiu os pedidos, concedendo à mulher o auxílio-aluguel por seis meses e ampliando as medidas protetivas. "A medida não apenas garantiu a segurança da mulher, mas também deu a ela a possibilidade de recomeçar sua vida, agora em um novo endereço, livre da violência", afirmou Thais Dominato.

Com a ajuda do auxílio-aluguel, a mulher conseguiu alugar uma casa. A defensora destacou que o benefício foi fundamental para a reorganização da vida da assistida, permitindo que ela se concentrasse em aspectos essenciais, como garantir vagas para seus filhos na escola, procurar emprego e, eventualmente, buscar ações judiciais de alimentos.

“Essa segurança financeira, mesmo que temporária, dá a ela a oportunidade de se estabelecer e retomar o controle da sua vida. O auxílio-aluguel oferece o tempo necessário para que as mulheres possam tomar as medidas que precisam, como inserir os filhos na educação, encontrar um trabalho e avançar com ações como o pedido de pensão alimentícia”, explicou a defensora.

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