Após carreata, motoristas de aplicativos bloqueiam distribuidora da Petrobras
Greve contra alta dos combustíveis entra em seu quarto dia e afeta diversos setores
Depois de saírem em carreata contra a alta dos combustíveis, motoristas de aplicativos seguiram para a distribuidora da Petrobras, que fica na região da Vila Sobrinho, na Capital, onde no início desta tarde (24) bloqueiam as duas entradas e saídas do local.
A carreata envolveu caminheiros, motoqueiros e motoristas de aplicativos. A concentração ocorreu no posto de combustíveis Caravagio, localizado no Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian e percorreu principais trechos de Campo Grande.
Após ação, os motoristas de aplicativos seguiram para a base da Petrobras. Lá, afirmam que “ninguém entra ou sai”. “Temos a informação de que a distribuidora teria combustível para abastecer a cidade com combustível por mais dois dias, por isso decidimos fechar as entradas”, revela o Uber, Kleber César Mendes Juniro.
Segundo ele, 400 motoristas participam da ação, número que não pode ser confirmado já que o protesto ainda não é acompanhado pela Polícia Militar. “Daqui vamos dividir o grupo. Parte dos motoristas também vão para a distribuidora da Ipiranga onde também vão bloquear as entradas”, adianta.
Paralisação - No quarto dia consecutivo, a greve dos caminhoneiros contra o aumento dos combustíveis provoca transtornos em vários setores. Postos enfrentam desabastecimento, o Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) tem falta de produtos, o Consórcio Guaicurus negocia com a Agetran (Agência Municipal de Trânsito) uma eventual redução na oferta de linhas do transporte coletivo e o aeroporto tem querosene até sábado (26).
Encomendas dos Correios devem ter prazos de entrega ampliados devido a paralisação que provocou 41 pontos de bloqueio nas estradas federais do Estado, onde só passam carros de passeio, ônibus e ambulâncias. Já os motoristas de caminhões e carretas são "estimulados" a parar. As cargas perecíveis, como apurado pelo Campo Grande News, tem ficado retidas, enquanto as com animais são liberadas durante os bloqueios.
Caminhoneiros querem a redução da carga tributária sobre o diesel. Reivindicam a zeragem da alíquota de PIS/Pasep e Cofins, além de isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Impostos representam quase a metade do valor do diesel na refinaria. A carga tributária menor daria fôlego ao setor, impactado em 42% pelo custo do diesel.