Após dois meses preso, cunhado de Marielly já está fora da cadeia
Hugleice da Silva foi solto por determinação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, cujos desembargadores da 1ª Turma Criminal, por unanimidade, concederam habeas corpus
Já está em liberdade Hugleice da Silva, 27 anos, cunhado de Marielly Rodrigues. Foi ele quem a levou para fazer o aborto que resultou na morte dela, em maio deste ano, em Sidrolândia.
Mais magro e com o cabelo raspado, Hugleice deixou o Instituto Penal de Campo Grande por volta das 15h30min acompanhado do advogado, José Roberto Rodrigues da Rosa, e da mãe.
Ele declarou que agora pretende “retomar a vida normal” e preparar a defesa. Sobre se havia retomado o casamento com a irmã de Marielly, respondeu que não queria falar sobre o assunto.
O rapaz teve a liberdade concedida nessa segunda-feira pelo TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), mas, o alvará de soltura só foi expedido nesta terça-feira.
Ele estava na cadeia desde 14 de julho deste ano. Até essa data negava qualquer envolvimento na morte da cunhada, mas, após a primeira noite ‘no xadrez’, passou a fazer as confissões.
Hugleice confessou que teve relações sexuais com Marielly, mas que não tinha certeza se o filho que ela esperava era dele, que a levou, de Campo Grande, para fazer o aborto em Sidrolândia e que ajudou a esconder o corpo.
Na versão de Hugleice à Polícia, ele soube do enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes, que está preso, por um colega de trabalho, entrou em contato e combinou R$ 1 mil pelo pagamento.
No dia combinado com Jodimar - 21 de maio-, Hugleice levou Marielly até a casa dele. Enquanto esperava na calçada, o enfermeiro o avisou que o aborto havia dado errado e que a jovem havia morrido.
Os dois então colocaram o corpo na caminhonete de Hugleice e o esconderam em um canavial. O cadáver foi encontrado no dia 11 de maio.
Jodimar nega qualquer envolvimento com o caso. Ele está preso em Sidrolândia e já teve o habeas corpus em caráter liminar negado.
Diante das revelações de Hugleice, a família de Marielly declarou que o casamento dele com a irmã da vítima estava terminado.