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Cidades

Após morte de professor, Fetems cobra vacinação aos educadores

Antonio Marques | 18/05/2016 17:14
Após a morte do professor Edevaldo Prado, Fetems cobra vacinação aos profissionais da educação (Foto: Fernando Antunes)
Após a morte do professor Edevaldo Prado, Fetems cobra vacinação aos profissionais da educação (Foto: Fernando Antunes)

Após a morte do professor Edevaldo Souza Prado, 57 anos, por H1N1 – também chamada gripe A ou gripe suína –, que lecionava filosofia na Escola Estadual Amélio de Carvalho Baís e o diversos casos envolvendo alunos em escolas do interior, a Fetems (Federação Estadual dos Trabalhadores em Educação) decidiu cobrar do governo estadual a vacinação dos profissionais da educação.

O presidente da Fetems, Roberto Botarelli, encaminhou documento ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB) solicitando o cumprimento da lei estadual 4.575, de setembro de 2014, que incluiu os servidores da educação lotados nas unidades educacionais estaduais no grupo de risco para vacinação contra a gripe A.

Conforme a legislação, que alterou a lei 3.829, de 23 de dezembro de 2009, a vacinação dos profissionais de educação deve ser feita pela Secretaria Estadual de Saúde. “Queremos evitar que a situação piore, pois estão surgindo casos da doença nas escolas e a tendência é espalhar rapidamente, se algo não for feito”, observa Roberto Botarelli.

Depois da morte do professor Edevaldo Prado, a comunidade escolar ficou com medo de a doença se alastrar na escola, considerando que o docente tinha contato com muitos colegas e alunos no local.

O presidente da Fetems lembrou casos da doença ocorridos em escolas de Aquidauana, Três Lagoas, Naviraí, em que o prefeito determinou a suspensão de aulas por dez dias por prevenção. O mesmo, segundo Roberto Botarelli, aconteceu em um Ceinf (Centro de Educação Infantil) em Rio Brilhante, em que houve dois óbitos e cerca de 40 crianças estariam com suspeita de contrair a gripe A. “Por prevenção, a tendência é interromper as aulas, por pelo menos 10 dias, e assim evitar uma epidemia, pois não há vacina para toda a população”, declarou.

A Fetems chegou a divulgar uma nota à categoria orientando aos aos trabalhadores em educação fazerem valer a legislação e disponibilizou cópia da lei para que os mesmos possam cobrar a vacinação.

A Secretaria de Estado de Saúde já tomou conhecimento do pedido da Fetems sobre o cumprimento da lei estadual, porém de acordo com a assessoria de imprensa, o departamento jurídico está avaliando a situação, considerando que a ampliação do grupo de risco exige solicitação de maior quantidade de doses ao Ministério da Saúde ao Estado.

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