Calor e tempo seco faz dobrar número de queimadas e aumenta riscos a saúde
Em meio à onda de calor e escassez de chuva, o número de focos de queimadas registrados de janeiro a agosto em Mato Grosso do Sul praticamente dobrou em comparação com o mesmo período do ano passado. Diante desta situação adversa surgem os problemas ocasionados pelo tempo seco como ardência e ressecamento dos olhos, boca e nariz, por exemplo, até o agravamento de doenças respiratórias.
Segundo balanço do Corpo de Bombeiros, do dia 01 de janeiro a 06 de agosto do ano passado foram 495 ocorrências atendidas e no mesmo período deste ano o número saltou para 853. Conforme a corporação, na última semana, há uma média 17 atendimentos por dia.
Conforme os bombeiros, a maioria dos incêndios são provocados por pessoas que utilizam a ação do fogo para a limpeza de terrenos e pastagens.
De acordo com a meteorologista do Cemtec-MS (Centro de Monitoramento de Tempo, Clima, e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul), Cátia Braga, o tempo seco acompanhado de altas temperaturas deve incidir por pelo menos mais duas semanas em todo o Estado.
Apesar disso, a meteorologista explica que a partir desta sexta-feira haverá um leve declínio na temperatura por conta de uma instabilidade e consequentemente a umidade relativa do ar deve subir. Nesta quinta-feira, a Capital registrou 32º graus, com índice de umidade de apenas 19%.
“Com o afastamento desse sistema de alta pressão vai melhorar a qualidade do ar. Há uma pequena possibilidade de na semana que vem a gente ter uma leve garoa em algumas regiões do Estado, inclusive na Capital”, disse.