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Cidades

Campo Grande foi escolhida para receber Cabral por ter 'menos cariocas'

Nyelder Rodrigues | 26/10/2017 23:32
Fernandinho Beira-Mar foi o primeiro criminoso transferido para presídio federal por Sérgio Cabral (Foto: André Lobo/UOL)
Fernandinho Beira-Mar foi o primeiro criminoso transferido para presídio federal por Sérgio Cabral (Foto: André Lobo/UOL)

O Presídio Federal de Campo Grande foi escolhido para receber o ex-governador carioca Sérgio Cabral por ser, entre as três unidades semelhantes, a com menor número de membros de facções criminosas do Rio de Janeiro. A informação foi publicada nesta quinta-feira (26) pelo jornal O Globo.

Quando governador, Cabral foi um dos primeiros a transferir presos para unidades federais, criadas em 2006. Quem inaugurou a longa sequência, que servia para reduzir tensões nos presídios cariocas, foi Fernandinho Beira-Mar, que segue no sistema.

De acordo com O Globo, o Ministério da Justiça considerou Campo Grande a melhor opção para receber Cabral já que, em Mossoró (RN) e Porto Velho (RN), abrigaram chefes das milícias cariocas. Marcinho VP, chefe do CV (Comando Vermelho), facção dominante no Rio, está no presídio potiguar.

Já a unidade de Catanduvas (PR) foi, logo de cara, descartada, porque lá estão vários membros que chefiavam o Comando Vermelho, sobrando o presídio de Campo Grande, onde há maioria de detentos ligados ao paulista PCC (Primeiro Comando da Capital) e ao FDN (Família do Norte), que age no Norte e Nordeste.

Conforme apurado pelo Campo Grande News, Cabral deve ficar na mesma ala onde estão os oito condenados por planejar atentados terroristas em 2016, nos Jogos Olímpicos, e o ex-senador rondoniense, Mário Calixto. Inicialmente, ele cumprirá procedimento padrão para transferidos de presídios estaduais e ficará 20 dias isolado.

A penitenciária federal de Campo Grande foi inaugurada em 2006 e já abrigou, por exemplo, Fernandinho Beira-Mar, Juan Carlos Abadía, Nem da Rocinha, entre outros. O prédio fica perto do lixão da Capital e conta com 208 vagas.

Com regras mais rígidas que em presídios estaduais de segurança máxima, os presos passam quase todo o tempo sozinhos nas celas, com cerca de apenas duas horas de convívio com outras pessoas. Ao todo, há quatro áreas de vivência, divididas cada uma delas em quatro alas no presídio campo-grandense. A cela onde Cabral deve ficar tem 7m².

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