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Cidades

Campo-grandense está obeso e abusa da carne

Redação | 03/04/2008 17:44

O campo-grandense precisa tomar cuidado. Esta é a conclusão de estudo do Ministério da Saúde divulgado nesta semana e que revelou os hábitos alimentares do brasileiro. No levantamento foi apurado que a maioria dos campo-grandenses está obeso e consome carne com gordura aparente em excesso. O resultado: a cidade é a segunda capital no País em obesidade.

A carne com gordura aparente é a preferida de 44% dos campo-grandenses. O alimento está na dieta de 35,3% das mulheres. O resultado da preferência é a obesidade. Ficou comprovado na pesquisa que Campo Grande tem 15% de habitantes com IMC (Índice de Massa Corpórea) maior ou igual a 30, valor que já é considerado obesidade. O índice, o principal padão usado para definir se uma pessoa está gorda, usa uma fórmula matemática para isso: para fazer o cálculo basta dividir a altura pelo peso elevado ao quadrado. A conta final indica quantos quilos a pessoa tem por metro quadrado. O normal é ter entre 20 quilos e 25 quilos por metro quadrado. Entre 25 e 29,9 é considerado sobrepeso e além disso obesidade.

Campo Grande está acima da média nacional, de 13% da população com IMC acima ou igual a 30. O maior índice está em Maceió, com 13% e o menor em Palmas, com 8,8%. O índice elevado de IMC está entre os principais agravantes para doenças crônicas não transmissíveis, entre elas, diabetes e problemas cardiovasculares.

Mas como falar em prevenção em uma terra em que a carne é quase uma unanimidade, está presente não só no prato, mas impulsiona a economia e gera empregos? Entre as principais provas está a Expogrande, que está na 70ª edição e concentra um dos maiores consumos de carne bovina por metro quadrado.

A feira tem 80 estandes, quatro restaurantes e 15 lanchonetes. A estimativa é que somente dentro do evento de 10 dias, no Parque de Exposições Laucídio Coelho, sejam consumidos 600 quilos de carne todos os dias. Segundo o presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) Paulo Ortiz, o montante é apenas uma estimativa, mas pode ser maior. A maioria dos estandes oferece churrascos no almoço e jantar para atrair os visitantes e ainda há as barracas de churrasquinho do lado de fora da feira.

A pesquisa do Ministério da Saúde foi realizada a partir de cadastros das linhas telefônica residenciais fixas de cada cidade e sorteio de um morador por linha para ser entrevistado. As entrevistas foram feitas entre julho e dezembro de 2007.

Além de hábitos alimentares, foram questionados fatores como tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, ingestão de frutas, verduras e hortaliças, atividade física, proteção contra raios ultravioletas, auto-avaliação do estado de saúde, diagnóstico autodeclarado de hipertensão e diabetes e para as mulheres, exame de mamografia e preventivo de colo de útero.

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