“Acabei de empurrar um frango”, diz homem que matou vítima esfaqueada
crime aconteceu na madrugada de quarta-feira (30), na Rua Luiz Chinablia, no Jardim Campo Nobre, saída para São Paulo
O auxiliar de serviços gerais Jonatan Wesley Borges da Silva, 18 anos, conhecido como Biro do Centro Oeste, foi preso em flagrante na tarde de ontem (31), acusado de matar a golpes de canivete, Rodrigo Medeiros de Freitas, 35 anos. O crime aconteceu na madrugada de quarta-feira (30), na Rua Luiz Chinablia, no Jardim Campo Nobre, saída para São Paulo, em Campo Grande.
Segundo auto de prisão em flagrante, Jonatan foi preso pelo SIG (Setor de Investigações Gerais) escondido na casa de um familiar na Rua Araraquara. Questionado, o rapaz confessou o assassinato e disse que no dia do crime descia a rua a pé por volta das 4h, quando encontrou a vítima, provavelmente sob efeito de drogas e álcool, numa bicicleta. Os dois não se conheciam, no entanto, se encararam e Rodrigo teria dito: “Você tá brabo, é brabo, é brabão”. O autor, então, respondeu: “Eu não quero treta, meu bagulho é ganhar dinheiro e pegar mulher”.
Neste momento, segundo relatos de Jonatan à polícia, Rodrigo passou a arremessar pedras, se aproximou, tentou agarrar o seu pescoço e aplicar o golpe conhecido como mata-leão. Porém, o autor se esquivou, sacou um canivete do bolso e o golpeou na região da barriga e do pescoço.
Depois soltou a vítima, que saiu cambaleando. Jonatan fugiu jogando o canivete na rua. A bicicleta ficou ao lado de Rodrigo. Na quadra seguinte, o assassino encontrou um colega conhecido como Pequeno e pediu sua camiseta emprestada, pois a sua estava cheia de sangue. Questionado pelo amigo sobre o motivo, o rapaz respondeu que havia acabado de "empurrar um frango".
Jonatan tem várias passagens pela polícia por tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo, desacato, roubo e violência doméstica. Quando era adolescente foi internado por diversas vezes na UNEI (Unidade Educacional de Internação). Conforme o delegado Gustavo Bueno, da 5ª delegacia, o crime foi por motivo totalmente fútil.
Os dois não se conheciam e se cruzaram durante a madrugada. Foi uma testemunha que denunciou o suspeito à polícia quando registrava boletim de ocorrência por outro crime na delegacia. No bairro, segundo a polícia, impera a lei do silêncio. À polícia, Jonatan disse que matou para não morrer e não se arrepende. Ele passou por audiência de custódia nesta manhã no Fórum e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.