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Capital

"Acabou", diz presidente da OAB-MS sobre governo de Dilma Rousseff

Waldemar Gonçalves | 16/03/2016 21:34
Manifestante com cartaz e panela durante protesto na Avenida Afonso Pena (Foto: Marcos Ermínio)
Manifestante com cartaz e panela durante protesto na Avenida Afonso Pena (Foto: Marcos Ermínio)
Mansour Karmouche, presidente da OAB-MS (Foto: Divulgação)
Mansour Karmouche, presidente da OAB-MS (Foto: Divulgação)

“O governo (federal) chegou ao limite do limite do que era possível e impossível ser feito. Acabou”. A frase é do presidente da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso do Sul), Mansour Karmouche, sobre os últimos acontecimentos políticos no Brasil, em conversa na noite desta quarta-feira (16) com a reportagem do Campo Grande News.

A indignação do presidente da OAB-MS começa pela revelação de conversa telefônica entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. No diálogo, o líder petista se refere ao presidente nacional da Ordem, Claudio Lamarchia, como “aquele filho da p... da OAB”.

“Não aceitamos, em hipótese alguma, qualquer pecha, insinuação, palavra de baixo calão ou ofensivas à instituição, que tem 85 anos e exige respeito, ainda mais de agentes públicos. Estamos falando da Presidência da República”, analisa Karmouche.

A partir disso, a posição do chefe da OAB sul-mato-grossense é que não há mais condições para Dilma Rousseff (PT) governar. Ele cita, inclusive, a expectativa de que “algo muito sério pode acontecer de hoje até sexta-feira” e, por isso, os representantes da Ordem mantêm-se em atenção especial durante esta noite e madrugada de quinta-feira (17).

Karmouche avalia como “ousadia” de Dilma e do PT nomear Lula como ministro-chefe da Casa Civil. Segundo ele, uma clara manobra para atrapalhar a Operação Lava Jato e beneficiar o líder petista, contrariando decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que veda este tipo de manobra.

“É uma violação muito grave interromper que as investigações andem”, avalia o presidente regional da OAB. “Dilma justificou que ele seria nomeado para fazer a parte política, mas se viu que era para fugir de uma eventual ordem de prisão”, complementa Karmouche ao comentar a decisão, do juiz federal Sérgio Moro, de quebrar o sigilo da Lava Jato e divulgar as interceptações telefônicas.

Nas ruas de Campo Grande, assim como em boa parte do Brasil, há manifestações contra a situação política do País. A Avenida Afonso Pena está parcialmente tomada, principalmente nas proximidades do MPF (Ministério Público Federal), instituição que, em Curitiba (PR), comanda a Lava Jato.

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