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Capital

“Foi desesperador ver a dor dos avós", diz testemunha de acidente

Viviane Oliveira e Marcus Moura | 12/01/2017 11:35
Vinícius Rouldino, 4 anos, morreu dentro da ambulância (Foto: reprodução/Facebook)
Vinícius Rouldino, 4 anos, morreu dentro da ambulância (Foto: reprodução/Facebook)
Curva onde ocorreu o acidente com morte (Foto: Fernando Antunes)
Curva onde ocorreu o acidente com morte (Foto: Fernando Antunes)

“Ver a expressão no rosto dos avós da criança que faleceu foi desesperador”. O relato é da aposentada Eunice Cordeiro Lima, 57 anos, que presenciou o trabalho da equipe de socorro tentando reanimar Vinícius Rouldino de Carvalho, 4 anos, que morreu após o carro em que estava colidir de frente com uma caminhonete, na Avenida Prefeito Heráclito Diniz Figueiredo, continuação da Ernesto Geisel, no Bairro Octávio Pécora, em Campo Grande, na noite de quarta-feira (11).

Segundo Eunice, após o acidente, os avós da criança chegaram ao local e ficaram desesperados com a situação. Foi preciso até água com açúcar para poder acalmar os parentes. “É muito pesado passar por uma situação como essa”, lamenta.

Desde a inauguração da avenida, segundo Eunice, os moradores pedem melhoria na sinalização por causa do movimento intenso de carros e porque na região também fica uma escola.

Eunice já enviou e-mail à Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) solicitando semáforo. “Em novembro do ano passado, recebi a resposta informando de que o meu pedido havia sido lançado na programação para futura implantação”.

Compartilha da mesma opinião Maria José, que mora há 28 anos na região em frente à avenida. “Essa é a terceira morte que presenciei aqui”, diz. Ela assistia televisão, quando ouviu barulho forte e ao ver o que acontecia se deparou com a cena.

“Tentaram reanimar o menininho por pelo menos quatro vezes. Imagina quando a mãe descobrir que o anjinho dela foi embora”. Até às 9h de hoje, Sirléia Carvalho dos Santos Rouldino, 33 anos, mãe do menino, continuava internada na Santa Casa e não sabia que o filho havia morrido.

Segundo Maria José, depois que foi colocada uma lombada eletrônica na via, as colisões diminuíram, mas mesmo assim ainda continua alto o número de acidentes.

Veículo de passeio ficou com a frente destruída (Foto: Direto das Ruas)
Veículo de passeio ficou com a frente destruída (Foto: Direto das Ruas)
Moradora mostra a resposta que recebeu da Agetran sobre pedido de semáforo (Foto: Fernando Antunes)
Moradora mostra a resposta que recebeu da Agetran sobre pedido de semáforo (Foto: Fernando Antunes)

Acidente - Conforme boletim de ocorrência, Sirléia seguia em um veículo Chevrolet Prisma e tinha como passageiro o filho, Vinícius, quando bateu de frente com a caminhonete L-200 conduzida por Rubens Dias de Oliveira, 39 anos.

O condutor relatou à polícia, que o acidente ocorreu porque a mulher invadiu a contramão ao tentar ultrapassar uma motocicleta e acabou colidindo de frente com o veículo dele.

A criança estava no banco de trás presa na cadeirinha, mas com a batida sofreu traumatismo craniano. Os socorristas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e bombeiros ainda tentaram reanimar a vítima, mas não houve sucesso. Já Sirléia sofreu fratura no fêmur e punho e continua internada.

Ainda de acordo com registro policial, Rubens apresentava sinais de embriaguez e foi levado à delegacia para prestar esclarecimentos. Ele fez o teste do bafômetro e o resultado deu menos de 0,30 miligramas de álcool por litro de sangue, o que não configura crime, apenas infração de trânsito.

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