Mobilização reúne famílias vítimas de violência na Capital
![Parentes do empresário Erlon também participaram da manifestação. Na foto, eles erguem cartazes de protesto. (Foto: Marcos Ermínio)](https://cdn6.campograndenews.com.br/uploads/noticias/2020/03/10/amurr6hf1673.jpg)
Uma manifestação neste sábado (31) organizada pelo Conselho de Segurança da região Central de Campo Grande reuniu várias famílias que perderam parentes para a violência. Cerca de 400 pessoas se reuniram no centro em uma caminhada que reivindicou mais segurança e paz na cidade.
Entre as várias pessoas que protestavam por justiça estava a dona Maria Eunice dos Santos, duplamente vítima da violência. Ela perdeu dois filhos assassinados: Rogério Santos Rocha e Claudinei dos Santos. O primeiro morto há sete anos e o outro há nove meses.
De acordo com Eunice, nos dois casos os assassinos estão soltos. “Hoje eu vim aqui pedir justiça. Não é admissível alguém matar uma pessoa e ficar impune”, protestou.
A mesma indignação é compartilhada por familiares e amigos de Mauricio Martins da Silva, Edgar José Duarte, e João Carlos Duarte assassinados em uma chacina ocorrida em novembro do ano passado na Vila Nasser.
“Queremos justiça. O assassino já foi solto. Que justiça é essa que solta um homem que mata três pessoas?”, disse a amiga das vítimas Marines Duranes, fazendo menção ao fato do autor do triplo homicídio o ex-policial militar Cláudio José Andrade dos Santos ter saído da prisão.
Familiares do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal também marcaram presença na manifestação. Amanhã o crime completa dois meses. Todos os envolvidos foram presos, porém a família questiona a punição para a adolescente envolvida no homicídio. “As leis são muito brandas. A gente fica revoltado com esta situação. Só porque é adolescente a pena é tem que ser menor? Ela também é uma assassina”, reclamou a prima do empresário, Eveny Parrela.
As mães de Breno e Leonardo, estudantes assassinados em 2012, também engrossaram a manifestação. “ Queremos aqui mobilizar a sociedade e pedir um basta da violência”, afirmou Angela Fernandes, mãe de Leonardo e fundadora da ong "Mães da Fronteira".
A caminhada percorreu as ruas do centro e chamou a atenção de quem estava naquela parte da cidade. A manifestação começou e terminou na Praça do Rádio Clube.
Ações como estão previstas para serem realizadas em outras datas.