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Capital

1ª perícia indica que motociclista morreu após caminhão trocar de faixa

Simulação feita por 1 hora aponta que versão do condutor não "bate" com a dinâmica do acidente

Por Jéssica Fernandes e Ana Beatriz Rodrigues | 18/11/2024 12:32


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Perícia preliminar de acidente que vitimou a motociclista Maria do Carmo indica que o caminhão causou a colisão ao mudar de faixa, contrariando a versão do motorista que alegava a motociclista ter entrado em seu ponto cego. A investigação, que incluiu simulação com o motorista do caminhão e de uma picape, apontou que a motociclista já estava fora da trajetória do caminhão quando a colisão ocorreu, devido à impossibilidade de frenagem. A vítima não possuía CNH e a perícia ainda apura se ela foi arrastada após a queda.

Perícia preliminar realizada nesta segunda-feira (18) indica que o acidente que levou a morte da motociclista Maria do Carmo Moreira Gomes, de 42 anos, foi causado após o caminhão tentar mudar de faixa. A dinâmica é oposta a apresentada pelo condutor, de que a motociclista mudou de faixa, entrando em “ponto cego”, que levou à colisão, na Avenida Guaicurus.

Conforme informações da PM, a vítima conduzia a motocicleta Honda Fan 160 pela Avenida Guaicurus, no sentido bairro e não tinha CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

A delegada Cinthia Gomes, plantonista da Cepol, explicou que foi necessário reconstituir a dinâmica do acidente, pois a versão do motorista do caminhão limpa-fossa, de que a motociclista tinha mudado de faixa, não estava correspondendo à primeira análise da perícia. “Aparentemente, pelos estudos iniciais periciais que fizemos, o motorista do caminhão estava do lado esquerdo. Segundo ele, a vítima entrou em um ponto cego, ele não visualizou e houve o contato com ela”, diz.

A simulação durou uma hora e, além do motorista do caminhão-fossa, o condutor da picape da concessionária de água também participou. Segundo a delegada, a perícia indicou que o motorista de caminhão fez a mudança de faixa por onde seguiam a motociclista e a picape.

“Houve o contato, ela caiu, arrastou a região da barriga, isso atingiu órgão interno. [...] Ela já estava fora da rota deles e os dois veículos colidiram porque o caminhão não conseguiu frear a tempo”, completa a delegada.

Em relações às lesões que a motociclista teve, a delegada explicou que será apurado se Maria do Carmo foi arrastada pelo caminhão ou se caiu derrapando.

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