À espera de contraproposta, professores denunciam prefeito no MPE
Professores em greve da rede municipal foram ao Ministério Público Estadual, na manhã desta terça-feira (30), para ingressar com representações de improbidade administrativa e responsabilidade criminal contra o prefeito Gilmar Olarte (PP) em função do não cumprimento da Lei 5.411, referente ao piso salarial da categoria.
Pelo menos 200 docentes foram ao MPE acompanhar o encaminhamento das representações. As ações deveriam ter sido encaminhadas nesta segunda-feira (29), porém o advogado que defende a ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública) nestas questões, Ronaldo Franco, ainda não havia terminado de organizar a documentação.
O grupo foi recebido pelo procurador Paulo Passos e após os encaminhamentos, vai retornar a Avenida Afonso Pena, em frente a prefeitura, onde tem realizado protestos e panfletagem contra a administração municipal. Nesta segunda-feira o prefeito Gilmar Olarte ressaltou que irá apresentar uma contraproposta aos professores "a qualquer momento".
Segundo o presidente da ACP, Geraldo Gonçalves, os professores irão aguardar a resposta realizando as panfletagens no cruzamento da Rua 25 de Dezembro. Após decisão da Justiça, a pedido da prefeitura, que proibiu manifestações com bloqueios de avenidas e apitaços, a categoria aboliu os carros de som e buzinaços.
"Não queremos enfrentamento com o prefeito, apenas que a lei seja cumprida", ressalta Geraldo Gonçalves. Nesta quarta-feira (1) os professores voltam a se reunir na sede da ACP, a partir das 9h30, para deliberar sobre a contraproposta da prefeitura, caso ela seja apresentada hoje.
Os professores apresentaram proposta de parcelamento em dez vezes do reajuste de 13%. A categoria entrou nesta terça-feira em seu 37º dia de greve.