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Capital

A favor da “lei seca”, 78% querem proibição de bebidas no fim de semana

Apenas 22% dos votos foram de pessoas que não abrem mão da clássica cervejinha do "findi"

Aletheya Alves | 31/07/2020 06:45
Medida para proibir venda de bebidas alcoólicas no fim de semana estava sendo analisada pela prefeitura. (Foto: Kísie Ainoã)
Medida para proibir venda de bebidas alcoólicas no fim de semana estava sendo analisada pela prefeitura. (Foto: Kísie Ainoã)

Por incrível que pareça, ameaçar a tradicional cervejinha do fim de semana não é problema para a maioria dos campo-grandenses. Em enquete realizada pelo Campo Grande News, 78% dos participantes defenderam a 'lei seca" aos fins de semana.

A medida chegou a ser cogitada nesta semana pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD) e já é adotada em várias cidades, como forma de reduzir acidentes, desafogar hospitais e combater os efeitos mais dramáticos do coronavírus: as mortes por falta de leitos de UTIs.

 Já os que não gostaram da ideia somaram 22% das pessoas que responderam à enquete publicada ontem.


Votações em enquete indicaram que 78% das pessoas aprovam "lei seca" aos fins de semana. (Arte: Ricardo Gael)
Votações em enquete indicaram que 78% das pessoas aprovam "lei seca" aos fins de semana. (Arte: Ricardo Gael)

Além da enquete on-line, o jornal também conversou com as pessoas nas ruas de Campo Grande.

Maria Elizabete Batista de Silva, de 54 anos, acredita que a medida iria diminuir consideravelmente os índices de lotação em hospitais.

“A gente vê que acidentes, por exemplo, costumam ser causados por gente que bebe demais e vai para a rua. Além das reuniões familiares que dão problema. É só ver a quantidade de gente que tá internado, lotando hospital em consequência disso”, diz.

Em dúvida, a artesã Mônica Brasil, de 34 anos, acredita que a “lei seca” seria positiva caso as pessoas respeitassem. Para ela, é necessário entender se a ideia funcionaria na prática.

Mônica Brasil acredita que medida seria positiva na teoria. (Foto: Paulo Francis)
Mônica Brasil acredita que medida seria positiva na teoria. (Foto: Paulo Francis)

“O problema maior é que a galera não respeita nem as leis que já existem. Nos últimos dois fins de semana, uma mercearia no meu bairro ficou lotada mesmo não podendo. Quem quer, dá jeito de fazer o errado”.

Do outro lado da história, o proprietário de conveniência, Flávio Moura, 29 anos, diz que as estratégias devem ser repensadas.

“Isso da lei seca é complicado, acho que precisa ser da consciência de cada um. As pessoas precisam entender que vidas ficam em risco, mas a realidade é que todo mundo dá um jeito de furar a lei. Se fosse aplicada essa medida, a pessoa iria comprar antes e fazer a mesma coisa”

Seguindo com as enquetes diárias, na sexta-feira (31), o Campo Grande News quer saber se você tem comprado mais no comércio do seu bairro.

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