Para 69%, "lockdown" deve ser prorrogado no fim de semana em Campo Grande
Apenas 31% das pessoas que participaram de enquete do Campo Grande News votaram contra
A prefeitura ainda não decidiu, mas a população defende a continuação do "lockdown de fim de semana" em Campo Grande. Decreto que fechou o comércio aos sábados e domingos vigorou por dois fins de semana, até o dia 26.
Sobre a continuação das medidas restritivas, 69% acham que o município precisa prorrogar as regras. Em enquete realizada pelo Campo Grande News, apenas 31% dos votos foram contrários.
Nas ruas da Capital, o cenário encontrado segue os resultados da votação on-line. Em resposta à pergunta "Você acha que medidas restritivas impostas para os 2 últimos fins de semana devem continuar?", a maior parte da população pede a prorrogação.
"Parece tiro pé", opina André Nascimento, de 25 anos, sobre pensar em abandonar as medidas durante o fim de semana.
Mesmo tendo que mudar de rumo porque não consegue mais emprego como garçom, antiga função, ele relata que é necessário continuar diminuindo o fluxo de pessoas nas ruas.
“A gente sabe que a pandemia não tem data para acabar e as mortes só aumentam aqui. No Jardim Colúmbia, meu bairro, a galera respeitou as medidas no fim de semana. Tá todo mundo com medo, então o certo parece continuar com restrição até melhorar os índices da doença”, diz.
Questionado sobre escolher o futuro das regras, o porteiro da Galeria Dona Neta, Selton Pereira, de 24 anos, explica que não pensaria duas vezes para continuar com apenas os serviços essenciais disponíveis no fim de semana. “É difícil porque a gente sabe que para o comércio é ruim, prejudica. Mas sobre a saúde não tem o que fazer, o melhor é diminuir o número de pessoas”.
Do lado oposto nas opiniões, a comerciante Sueli Rosa Paulista de Melo, 55 anos, argumenta que o problema não está nas lojas do Centro. Para ela, as dificuldades são festas em bairros, “Nas lojas ninguém aglomera, a gente tem as regras e deveria poder abrir no fim de semana. Estão fechando tudo e não estamos vendo resultado, além de prejudicar economicamente”.
Para o presidente da CDL (Câmera de dirigentes lojistas), Adelaido Luiz Spinosa Vila, as medidas restritivas não estão conseguindo cumprir com os objetivos de isolamento.
"Estão apenas prejudicando o comércio varejista, não construindo um distanciamento social. Apenas nos dois últimos sábados calculamos uma perda de R$ 50 milhões no comércio. Não aguentamos mais pagar sozinhos o preço da pandemia", argumenta.
Agora, as enquetes do Campo Grande News passam a ser diárias.
Nesta quinta-feira (30), o portal quer saber o que a população acha da "lei seca" como medida para conter o novo coronavírus.