Abandono de Parque Jacques da Luz deixa moradores das Moreninhas irritados
Única obra que aconteceu no parque foi em sala que funcionaria em escola de ballet, que também está desativado
Moradores do bairro Moreninhas se dizem indignados com a falta de manutenção e segurança no parque Jacques da Luz. O local, segundo eles, está sem manutenção e até aulas estão sendo canceladas por falta de infraestrutura.
Com o revestimento da piscina em boa parte quebrado, as aulas de hidroginástica não acontecem no local há pelo menos seis anos, segundo a supervisora de atendimento Mara de Assis, de 49 anos. "Foi esse tempo todo só tendo aula de Yoga porque as piscinas não funcionam, sem contar que pessoas com mais idade, que caminham aqui, não poderiam estar fazendo outras atividades".
A dona de casa Vanuza Rodrigues da Silva, de 41 anos, afirma se sentir enganada por conta do descaso que encontra no parque. "Parece que, por aqui ser periferia, além de não arrumarem, tiram o que tem", lamentando a transferência de um dos professores.
Com as poucas atividades no parque e a falta de segurança, Sílvia Ribeiro, de 34 anos, não deixa a filha realizar as aulas de Karatê sem que ela acompanhe. "Os seguranças só ficam aqui quando tem muita gente. Aqui tem muito usuário de drogas, e eles fumam aqui no meio da quadra, no meio das pessoas, eu não confio em deixar ela aqui".
De acordo com a costureira Célia Silva, de 43 anos, há tempos não acontece uma reforma no parque. "Há um tempo atrás pintaram uma sala aqui, disseram que iria funcionar uma escola de ballet profissional, mas também vive fechada".
Outra reclamação comum dentre os frequentadores do parque é a falta de banheiro para o público. "São vários banheiros aqui, mas somente um fica aberto, e ele vive imundo, sem contar que nem tranca tem", conclui Célia.
A pista de caminhada, normalmente mais usada pelos idosos, segundo os moradores, está completamente tomada pelo mato, que atinge mais de um metro de altura. "A iluminação aqui, é só aqui na frente, na entrada do parque, lá para trás é um breu total, ninguém passa aqui quando escurece", lamenta a costureira.
A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a prefeitura sobre as idagações dos moradores, mas até a publicação dessa matéria não houve resposta.