“Acabou a droga, acabou o amor", diz ex de gestante encontrada morta
Josiane Martins da Silva, de 29 anos, morreu depois de passar o dia todo bebendo álcool e consumindo drogas, segundo testemunhas
Foi identificada como Josiane Martins da Silva, de 29 anos, a gestante encontrada morta, na tarde desta quinta-feira (7) em um prédio abandonado na Rua Iporã, na Vila Jacy, em Campo Grande. A mulher era conhecida como Rose, mas seu nome e idade verdadeiros, constam na identidade encontrada com a vítima. A suspeita da Polícia Civil é de que Josiane tenha morrido de overdose.
Ela teria passado o dia consumindo bebidas alcoólicas com outras duas pessoas, usuárias de drogas no prédio abandonado em um terreno que pertence a igreja evangélica “Cristã dos Aliançados”.
Ernildo Veiga Martins, ex-namorado da vítima, ficou sabendo da morte da mulher ao chegar no local , nesta tarde. Segundo ele, Josiane também era usuária de drogas e dizia que ele era o pai do filho dela, mas ele não acreditava.
“Ela me falou que o filho era meu. Ela insistia e eu falava que ia fazer o DNA, por que ela ficava com outros caras. Eu ficava com ela, mas ela era uma guria muito louca, estava comigo e com outros caras. Ela fazia os ‘corres’ dela”, disse.
Ernildo contou que conheceu a vítima há dois anos no Centro da Capital, mas atualmente os dois já não se relacionavam mais, justamente por conta do vício em drogas. Josiane também teria leucemia.
“Acabou a droga, acabou o amor. Nessa vida, ganha as outras pessoas quem tem mais droga”, comentou Ernildo ao confirmar que a vítima era usuária de drogas.
Ainda segundo o homem, Josiane seria Paraguaia e, supostamente, teria uma irmã que também mora na região central, mas com a qual ele não tinha contato. Os outros familiares da vítima moram em Ponta Porã. Atualmente Josiane estava morando na pousada Casa dos Artistas, no Bairro Amambai, ainda conforme Ernildo.
À reportagem, os dois homens que acompanhavam a mulher no momento em que ela passou mal, afirmaram que Josiane teria “esticado” o corpo sobre um sofá e em seguida morreu sentada, com a cabeça de lado e os olhos arregalados, situação que reforça a suspeita da polícia de que uma overdose tenha sido a causa da morte da mulher.
Josiane carregava uma faca de açougueiro na cintura. Um advogado da igreja que é dona do terreno onde o corpo foi encontrado também acompanhou o trabalho pericial, nesta tarde. De acordo com o delegado Fabrício Dias da 5ª DP (Delegacia de Polícia) o caso será registrado como morte a esclarecer.