Acampamento no Parque dos Poderes tem até banheiros químicos

Policiais civis iniciaram uma manifestação na manhã desta quarta-feira, 07, em frente da Governadoria, no Parque dos Poderes, em Campo Grande, para protestar por melhoria salarial. Pedem reposição da inflação nos últimos 12 e reestruturação da carreira, e garantem que só deixarão o local quando forem recebidos pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
“Nosso protesto é legítimo e será pacífico, entendemos que o Estado vive uma crise econômica, mas só estamos cobrando o que foi acordado”, disse o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Geancarlo Miranda.

Segundo ele, os trabalhos da Polícia Civil não serão afetados pela manifestação, que começou com 30 policiais na montagem de tendas, barracas e instalação de banheiros químicos no local. “Nossa intenção é reunir entre 50 a 100 policiais, e só vai ficar aqui o policial que estiver de folga. Ninguém vai parar o serviço para vir protestar”, garante Geancarlo.
O delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas, esteve na manifestação para conversar com os policiais e anunciou que o governador Reinaldo Azambuja está no interior do Estado e só poderá receber os manifestantes após seu retorno a Campo Grande, previsto para esta quinta-feira.
“Entendo que o protesto é legítimo, mas os servidores precisam entender que o Estado está passando por uma crise financeira. Se o governador tivesse condições daria o reajuste linear para a Polícia Civil, mas ele precisa ter responsabilidade fiscal, e não adianta conceder reajuste para depois não conseguir pagar. Temos que entender esse momento financeiro”, declarou Marcelo Vargas.