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Capital

Acusado de estupro, ginecologista, ex-diretor do HR, ganha cartaz de procurado

Foragido, Salvador Walter Lopes de Arruda também respondeu por importunação sexual e erros médicos

Natália Olliver | 17/04/2023 16:22
(Foto: Banco de imagens Santa Casa)
(Foto: Banco de imagens Santa Casa)

A Polícia Civil procura o médico ginecologista Salvador Lopes de Arruda, de 69 anos, investigado por importunação sexual, estupro e erros médicos. Ele tem mandado aberto de prisão desde 2022. A reportagem apurou que ele responde a pelo menos quatro processos na esfera criminal, mas todos tramitam sob segredo de justiça.

O médico já foi diretor-geral do Hospital Regional e atuou por quase 40 anos em Campo Grande. Além das denúncias de várias pacientes ele também responde a 6 processos por erros médicos.

Em março deste ano, o médico seria julgado pelo crime de importunação sexual. Entretanto, devido aos casos estarem sob sigilo, não é possível apurar como se deu a condenação.

Ainda no mesmo mês, o CRM-MS (Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso do Sul) e o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), cidades onde o médico possuía inscrições ativas, aplicaram penalidade de censura pública ao ginecologista. A decisão foi divulgada no Diário Oficial da União no dia 1º de março.

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Os casos vieram à tona quando uma professora universitária, na época com 28 anos, procurou o médico, na Associação Santa Rita, no Jardim Monumento, um dos locais onde ele atendia, em agosto de 2020. Ela contou à polícia que Salvador a assediou, inclusive com palavras de baixo calão, além de ter beijado a mão da denunciante, ter oferecido carona e pedido para que o esperasse após o expediente.

Conforme a denunciante, o profissional fez afirmações ainda mais íntimas, sobre seus atos sexuais. Disse que pratica sexo anal e contou aventuras sexuais pessoais.

“Você deveria trepar, f...você é muito gostosa”, disse outra vítima na 4ª Delegacia de Polícia, nas Moreninhas, onde o caso foi registrado.

O Campo Grande News procurou o médico em agosto de 2020 e ele negou o conteúdo da conversa. Indagado sobre as afirmações, disse não se lembrar de ter dito as palavras citadas pelas vítimas.

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