Acusados de matar ex-superintendente, marido e filho vão a júri no próximo mês
Todos os julgamentos serão realizados pela 2ª Vara do Tribunal do Júri
Fernanda Aparecida da Silva Sylvério, Itamara Romeiro Nogueira e Evaldo Christyan Dias Zenteno, autores de crimes que tiveram grande repercussão em Campo Grande podem ir a júri no próximo mês. Os julgamentos, já marcados, poderão ser cancelados caso o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) prorrogue o regime de plantão devido ao novo coronavírus (covid-19).
Para o dia 10 de junho, às 8h, está marcado o júri de Fernanda Aparecida da Silva Sylvério, acusada de matar Daniel Nantes Abuchaim, 46 anos, ex-superintendente Gestão de Informação do Governo de Mato Grosso do Sul.
Daniel foi morto no dia 19 de novembro em um motel no Jardim Noroeste e o corpo desovado às margens de uma estrada vicinal no Jardim Veraneio. Presa no dia seguinte ao crime em uma casa no bairro Los Angeles, Fernanda disse à polícia que agiu sozinha e matou Daniel por vingança. Ela e a namorada estariam sendo assediadas pela vítima. Dias depois ela mudou a versão, afirmou que ele foi morto por um desconhecido e que só assumiu o homicídio após ter sido ameaçada.
Quase quatro anos após matar a tiros o marido,Valdeni Lopes Nogueira, major da Polícia Militar, a tenente-coronel da PM, Itamara Romeiro Nogueira teve o julgamento marcado para o dia 19 de junho.
O crime ocorreu na tarde de 12 de julho de 2016, na casa do casal, no bairro Santo Antônio. A oficial afirmou à Justiça que foi vítima de violência doméstica, que já ocorria há tempos, e naquele dia, agredida com socos e tapas, teria sido ameaçada de morte pelo marido e agiu em legítima defesa. A ré responde pelo crime em liberdade.
Ainda no mês de junho, está previsto o júri de Evaldo Christyan Dias Zenteno, acusado de matar afogado o próprio filho, Miguel Henrique dos Santos Zenteno, de dois anos, no dia 19 de setembro do ano passado.
Evaldo foi preso após levar o filho já morto para a Santa Casa de Campo Grande. Em um primeiro momento, ele afirmou que o menino havia sido jogado em um córrego durante um assalto.
A polícia foi chamada e logo os furos na versão começaram a aparecer. O jovem então confessou ter matado Miguel Henrique com ajuda de dois comparsas. Ele alegou que foi orientado por um amigo a tirar a vida do próprio filho para se vingar da ex-mulher, mãe da criança, de quem estava separado há dois meses.
Durante a investigação, Evaldo acabou confessando que matou o filho sozinho. Ele já havia tentando matar a criança em outra ocasião, arremessando a mesma ao chão.
Todos os julgamentos serão realizados pela 2ª Vara do Tribunal do Júri.