Agência promete analisar situação de novas favelas e rodovia é liberada
Prefeitura vai fazer, em caráter de emergência, o patrolamento e nivelamento de ruas
A manifestação de moradores da antiga favela Cidade de Deus, pedindo a construção de casas nas áreas para onde foram removidos pela prefeitura nos bairros Pedro Teruel II, Bom Retiro e Jardim Canguru, terminou no fim da manhã desta segunda-feira (13), com a chegada do diretor-presidente da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande), Enéas Neto. Eles haviam fechado a rodovia BR-262, no trecho próximo ao aterro sanitário Dom Antônio Barbosa, com paus, pneus, caixas, portas de geladeira e até sofás velhos.
Na chegada, acompanhado de uma equipe de técnicos da Emha, Enéas Neto disse que sua missão no local era vistoriar as condições dos barracos e avaliar o que a prefeitura pode fazer emergencialmente pelos moradores.
“Não tem como falar de prazo para a construção das casas. As coisas aqui foram feitas de modo errado e tudo que começa errado termina errado. Primeiro temos que ver a estrutura dessas casas que começaram a ser construídas, avaliar a estrutura delas, se não há risco para os moradores”, declarou, referindo-se ao projeto lançado em março de 2016 e não concluído pelo ex-prefeito Alcides Bernal.
Segundo ele, uma parceria já firmada entre a Prefeitura de Campo Grande e o Governo do Estado irá viabilizar uma solução para a construção das casas nas três áreas do Pedro Teruel II, Bom Retiro e Jardim Canguru.
“O Governo do Estado vai entrar com material e a prefeitura com a mão de obra, mas isso está em negociação”, frisou.
Neste momento, ressaltou Enéas Neto, o que pode ser feito pela prefeitura em caráter de emergência é o patrolamento e nivelamento de ruas para facilitar a mobilidade dos moradores.
“Já encaminhamos uma solicitação para a secretaria de Obras deslocar uma máquina para melhorar as condições das ruas”, afirmou. Os serviços vão começar pela rua Selmira Magalhães, uma das mais atingidas pelas enxurradas nas últimas chuvas.
SERVIÇO – No protesto, os moradoes alegaram que estão enfrentando problemas de constantes inundações dos barracos onde vivem, e solicitaram doações principalmente de colchões. Quem quiser ajudar pode entrar em contato pelo telefone (67) 99290 8407 e falar com Deise Campos.