Agentes de Saúde mantêm greve
Sindicato diz que “não irá se intimidar” com processos disciplinares.
Mesmo após a abertura de processos administrativos disciplinares e a convocação de agentes de saúde pela Prefeitura de Campo Grande para prestar explicações, o sindicato anunciou nesta quinta-feira que manterá a paralisação por tempo indeterminado.
Hoje, a greve dos agentes de saúde completa 10 dias, em pleno período de chuvas e alta incidência de proliferação da dengue.
“Continuamos a greve até o dia que o Nelsinho [Trad, prefeito] atender nossas solicitações. Ele pode vir com 1, 2, 3, 4, 5 processos administrativos que vamos tomar ciência e acabou. Isso que o prefeito faz é intimidação, mas não vai dar resultado”, afirmou o presidente do sindicato, Amado Cheikh.
Cerca de 600 dos 900 agentes de saúde e de controle de epidemiologia estão parados, de acordo com o sindicato. Eles se reuniram nesta manhã na sede do PPS, no bairro Monte Líbano, e decidiram procurar o governo federal.
Contra-ataque - O sindicato colheu assinatura dos agentes de Saúde e irá fazer um comunicado à presidência da República sobre a posição dos grevistas. De acordo com Amado Cheikh, o diretório nacional do PMDB também será procurado. “Nós vamos solicitar ao partido que abra um processo disciplinar para apurar se houve falta de ética nas atitudes dele [Nelsinho]”, disse.
Os agentes reivindicam aumento salarial de R$ 700,00 para R$ 2.100,00. A Prefeitura se nega a negociar enquanto os servidores estiverem parados.