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Capital

Agentes protestam e Bernal põe "tropa de choque" na Prefeitura

Luciana Brazil e Paula Maciulevicius | 09/04/2013 09:39
Manifestantes seguem em passeata até a Prefeitura, depois de ficarem concentrados em frente à Sesau. (Foto: Marcos Ermínio)
Manifestantes seguem em passeata até a Prefeitura, depois de ficarem concentrados em frente à Sesau. (Foto: Marcos Ermínio)
Bernal põe guardas para cercar prefeitura (Foto:Paula Maciulevicius)
Bernal põe guardas para cercar prefeitura (Foto:Paula Maciulevicius)

Agentes comunitários de saúde realizam um protesto contra o não pagamento de gratificação de R$ 272. Para enfrentar o primeiro protesto da sua administração, o prefeito Alcides Bernal (PP) colocou a guarda municipal para cercar o Paço Municipal, sede da Prefeitura, e evitar a chegada dos 400 agentes de saúde.

Eles realizam manifestação pacífica desde o início da manhã em frente à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), em Campo Grande.

O grupo cobra a efetivação da jornada de oito horas diárias, que reduz a jornada de trabalho, o repasse salarial integral de R$950, além dos adicionais de insalubridade e periculosidade.

Os agentes se concentraram na rua Rio Grande do Sul, em frente a secretaria e neste momento seguem em passeata, pela avenida Afonso Pena, até a Prefeitura. Os manifestantes usam faixas, fogos e carro de som.

Apesar de ocuparem apenas a faixa da direita da avenida Afonso Pena, o tráfego de veículos está lento no local.

Guardas municipais "protegem" prefeitura (Foto:Paula Maciulevicius)
Guardas municipais "protegem" prefeitura (Foto:Paula Maciulevicius)

O presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa, teme que o secretário de Saúde, Ivandro Fonseca, recue e não assine a efetivação do projeto 8h. Hoje, o jornada de trabalho é das 7h às 17h, com duas horas para o almoço. A intenção dos agentes é reduzir a jornada, das 7h às 13h, com 10 ou 12 visitas por período.

O repasse integral de R$ 950, verba vinda do Ministério da Saúde, é outra reivindicação dos servidores, já que atualmente recebem o salário mínimo.

A delegada de base do sindicato e agente comunitária, Aparecida Munhoz, 49 anos, explica que desde a semana passada estão sendo realizadas assembleias para pressionar a resposta da negociação. “Quem combate a dengue são os agentes comunitários, não são eles”.

A manifestação de hoje tem apoio do Sindicato dos Vigilantes e da UGT (União Geral dos Trabalhadores).

Em entrevista à rádio FM Capital, Bernal rebateu o protesto e acusou o presidente do Sisem de atuar com interesse político. O sindicalista foi assessor do vereador Airton Saraiva (DEM) e nega qualquer motivação política.

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