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Capital

Agetran vai divulgar posição de radares móveis para frear velocidade

Lidiane Kober | 27/01/2014 18:07
Especialistas em trânsito se reuniram hoje para analisar estatísticas e discutir alternativas para reduzir acidentes (Foto: Lidiane Kober)
Especialistas em trânsito se reuniram hoje para analisar estatísticas e discutir alternativas para reduzir acidentes (Foto: Lidiane Kober)

Ciente de que a alta velocidade é o principal causador de mortes no trânsito de Campo Grande, a prefeitura vai focar, em 2014, ações para coibir o excesso e reduzir os acidentes nas ruas da cidade. Uma das armas será o uso de dois radares móveis. Os equipamentos serão espalhados pelas principais vias e, justamente, para frear a velocidade, a localização será divulgada com antecedência.

“O objetivo não é multar, o objetivo é reduzir a velocidade”, destacou a chefe de divisão educacional da Agetran (Agência Municipal de Trânsito) e coordenadora do projeto “Vida no Trânsito”, Ivanise Rotta. Segundo ela, hoje, a alta velocidade é o principal causador de mortes na Capital. “Nosso relevo, nossas avenidas são um convite à velocidade”, ponderou.

Por um dos radares, a prefeitura pagou R$ 125 mil e o outro, pouco menos moderno, ganhou da Organização Pan-Americana da Saúde. Por meio dos equipamentos, também será possível analisar o comportamento do motorista, como, por exemplo, como age nos metros seguintes ao do radar.

“Em cinco visitas, os pesquisadores do projeto “Vida no Trânsito” vão analisar os resultados e apresentar alternativas”, disse Ivanise. Além de conferir os dados dos radares, a equipe vai mirar outro causador de mortes: o uso de bebida alcoólica ao volante.

“Nossas estatísticas evidenciam claramente que a vida noturna ativa os acidentes, que aumentam consideravelmente das 18h às 6h e de sexta-feira a domingo”, informou a integrante da Agetran. Neste sentido, os pesquisadores vão a shoppings e outro locais para ouvir as pessoas e tentar descobrir meios de coibir os efeitos da vida noturna no trânsito.

Ao mesmo tempo, a prefeitura promete premiar, também este ano, trabalhos, desenvolvidos em 50 escolas, sobre educação no trânsito. “Mas não basta aumentar a fiscalização e debater nas escolas, a família também precisa discutir o tema em casa, alertar sobre o perigo do excesso de velocidade e sobre o uso de álcool no trânsito”, defendeu Ivanise.

Análise – Nesta segunda-feira (27), consultores internacionais de trânsito vieram à Capital para analisar a linha de acidentes na cidade e discutir estratégias para garantir a redução de mortes em 50% até 2020. Segundo Roberto Colombo Limona, em 2011, 1,2 milhão de pessoas perderam vidas no trânsito de todo o mundo.

“Se não fosse feito nada, em 2020, as mortes poderiam chegar a 1,8 milhão, nossa meta é reduzir em 50% este índice”, contou. Neste sentido, consultores do projeto “Vida no Trânsito” percorrem 29 cidades brasileiras para estudar o descobrir alternativas para evitar acidentes.

No ano passado, segundo a Agetran, 113 pessoas morreram vítimas de acidentes de trânsito nas ruas de Campo Grande. Em 2012, o número foi de 126 mortes e, em 2011, 132. Os motociclistas são as principais vítimas, com 67, 81 e 82 óbitos, respectivamente, em 2013, 2012 e 2011.

As mais perigosas – Ainda sobre os radares móveis, Ivanise adiantou que a localização deverá priorizar as 10 vias líderes em acidentes. Na lista, figuram avenidas conhecidas, como a Afonso Pena, Duque de Caxias, Ernesto Geisel e Júlio de Castilho. Os equipamentos ainda não tem data para ir às ruas, só é certo que deverão ser utilizados ainda no primeiro semestre do ano.

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