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Capital

Agiota é preso em flagrante apontando arma para cobrar dívida de R$ 18 mil

Além de tentar relacionamento íntimo com a vítima, homem fez várias ameaças com arma de fogo

Dayene Paz | 27/07/2023 07:10
Depac Cepol, para onde o suspeito foi levado na tarde desta quarta-feira (Foto: Arquivo/Alex Machado)
Depac Cepol, para onde o suspeito foi levado na tarde desta quarta-feira (Foto: Arquivo/Alex Machado)

O suposto agiota Arlei Ferreira de Santos, de 48 anos, foi preso em flagrante após invadir um salão de beleza, no Bairro São Conrado, em Campo Grande, e apontar a arma para a cabeça de uma mulher, de 24, para cobrar dívida de R$ 18 mil. Os fatos ocorreram na tarde desta quarta-feira (26).

Arlei chegou no salão em um carro Volkswagen Jetta. Ele entrou no estabelecimento e apontou uma arma para a cabeça de uma das funcionárias, exigindo o pagamento de R$ 18 mil, referente a uma dívida. Após, Arlei saiu dizendo que esperaria na frente, mesmo sendo informado que a polícia seria acionada.

Quando os policiais chegaram, o encontraram dentro do Jetta. Após tentativa de abordagem, ele saiu do carro com uma bolsa preta. Mesmo assim, se negava a entregar a bolsa e retornou ao veículo, onde tentou fugir, mas foi impedido pelos militares. Ele ainda resistia, então o apoio de outras viaturas foi acionado.

Após contê-lo, a polícia abriu a bolsa e encontrou R$ 1,9 mil em dinheiro, além de uma arma de fogo de numeração raspada e carregada com seis munições intactas. Também foram encontradas mais três munições dentro do Jetta.

Durante a prisão, Arlei disse aos policiais: "eu conheço muita gente importante. Eu tenho dinheiro para pagar a fiança. Vocês não sabem com quem estão falando". Ele acabou preso por extorsão qualificada, perseguição, resistência e agiotagem.

Em depoimento, Arlei afirmou que tem uma empresa no ramo agropecuário e que teria parado em frente ao salão de beleza para atender uma ligação da esposa. O suposto agiota alega ainda que permaneceu dez minutos no local e que não conhece a vítima, assim como desconhece os comprovantes de depósito apresentados por ela.

O homem ainda contou que comprou a arma há pouco tempo e pagou R$ 1,5 mil pelo objeto que fica dentro de seu carro há cinco meses. Arlei também negou ter resistido às ordens ou ter empurrado um dos policiais. Não há registro de antecedentes penais em nome do acusado.

Dívida - A vítima contou que pegou R$ 7 mil emprestado de Arlei para arcar com danos causados em um acidente de trânsito há cerca de 20 dias. A indicação se deu por uma cliente do salão de beleza. Mas, após o pagamento de parte da dívida por meio de parcelas diárias e semanais, a vítima informou que não possuía no momento o restante da quantia.

Arlei atualizou os valores da dívida, impondo o pagamento de R$ 18 mil em 12 parcelas de R$ 1,5 mil. A mulher disse a ele que não seria possível honrar, dando início às extorsões com arma de fogo. Segundo boletim de ocorrência, ele foi ao salão e a ameaçou várias vezes. Também tentou relacionamento íntimo aproveitando da situação em que a vítima se encontrava.

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* Matéria editada para acréscimo de versão.

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